Temendo a nova variante do coronavírus, vereadores de Campo Grande voltam a debater o Passaporte da Vacina
Na sessão ordinária desta terça feira (30), o vereador Ayrton Araújo, líder da bancada do PT na Câmara Municipal de Campo Grande, demostrou profunda preocupação com a propalada onda de uma nova cepa da covid-19, denominada de “ômicron” que voltou a assombrar o mundo e ganhou espaço nos principais meios de comunicação em todo o planeta, exigindo dos poderes públicos o controle da pandemia com o passaporte da vacina e com a vacinação em massa de toda a população da Capital e do Estado, para se evitar o mal maior.
Os vereadores Ayrton Araújo e Camila Jara, ambos do PT, são autores do projeto “Passaporte da Vacina”, que foi derrotado em plenário pela maioria dos vereadores, impossibilitando sua tramitação e debate para incentivar as pessoas a se vacinarem e diminuir ou acabar com a circulação do vírus que ainda assusta a maioria da população.
Em suas palavras, Ayrton Araújo disse estar temeroso com essa nova cepa, haja vista que, com o arquivamento do projeto “Passaporte da Vacina”, todas as pessoas que não se vacinaram e se reusam a se vacinarem, podem entrar e sair livremente nos ambientes públicos e privados, se misturando com as pessoas que já se vacinaram, levando preocupação e medo, agora com o “passaporte para constranger aos que se vacinaram”.
O parlamentar assegurou que se a pandemia não tiver um rigoroso controle, não haverá festas de Natal e Ano Novo, não haverá carnaval e o prejuízo será maior ainda com o fechamento do comércio, o aumento do desemprego e da fome das famílias mais pobres que vão continuar se humilhando na fila dos ossos para levar o alimento para casa.
Em que pese, o Passaporte da Vacina não estar mais em pauta na Câmara Municipal, por ter sido derrotado pela maioria dos vereadores, o tema continua sendo relevante e, foi abordado nesta manhã pelos vereadores, professor André Luiz e Otavio Trad que continuam defendendo a vacinação e o debate sobre o projeto da bancada do PT. Por outro lado, o vereador Tabosa que votou contra a tramitação do Passaporte da Vacina, pediu desculpas pelo equivoco, já o vereador doutor Loester continua defendendo o livre trânsito dos negacionistas que não se vacinaram à frequentarem os espaços públicos e privados, levando prováveis contaminação de outras variantes do vírus aos que já se vacinaram.
Finalmente, o vereador Ayrton Araújo disse que a Câmara Municipal perdeu a oportunidade de aprovar o Passaporte da Vacina neste ano. Caso essa nova variante ainda desconhecida venha a ser disseminada, muita gente pode sofrer com a doença e até perder a vida, assim como perdeu a vida o “meu amigo deputado Cabo Almi do PT”. Indignado, concluiu dizendo que o negacionismo do governo Bolsonaro é o maior responsável por não acreditar nas vacinas e por jogar a culpa nos Estados e Municípios, desestimulando as pessoas de vacinarem.
Fonte: João Silva/Assessoria – Foto: Tânia Rêgo/Ag. Brasil