Se a palavra dita não volta à boca, as ‘Fake News’ são desinformações irretornáveis
Os disparos em massa de notícias falsas podem destruir uma população, uma democracia, alterar opiniões críticas, confundir sociedades, gerar crises políticas e instabilidades econômicas, entre outros problemas.
Isso aconteceu nas eleições de 2018 e durante toda pandemia. O problema é que quando se certifica que a notícia é falsa, é impossível reenviá-la a quem recebeu antes e inverter o caos causado, ou seja, o estrago foi feito.
Sabendo disso, as redes sociais deveriam ser responsáveis pelo que transita em seus canais de forma mais séria, este é um problema que se repete e muitos lucram com isso.
Além de cobrar que as pessoas se certifiquem do material que recebem e encaminham, é necessário exigir que as mídias físicas e digitais sejam responsáveis e responsabilizadas pelo conteúdo que expõem.
Também, o uso de robôs e perfis Fakes nas redes sociais têm causado enormes estragos cotidianamente, além de golpes e ataques virtuais contra pessoas inocentes que veem sua imagem destruída com prejuízos irreversíveis.
Problemas atuais como esses, não podem ser ignorados, no Congresso Nacional tem uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre as Fake News, que está suspensa desde 20 de março de 2020.
Neste ano de eleições e com a pandemia ainda levando a morte milhares de pessoas, é necessário retomar e concluir essa CPMI para que sejam apresentadas soluções para esse tipo de conduta que deveria ser considerado CRIME, já que não é mais novidade em nossa sociedade e tem causado inúmeros danos no mundo.
Fagner Lira
Advogado e ativista de causas sociais
(Foto: Pillar Pedreira/Agência Senado)
