Servidores farão “ato de recepção” ao ministro da Educação em Campo Grande para cobrar reajuste salarial e mais verbas para universidades e institutos federais
Aproveitando a estadia do ministro da Educação, Milton Ribeiro, em Campo Grande neste sábado (5) servidores do Instituto Federal de Educação e da UFMS farão um “ato de recepção” para cobrar do Ministério mais verbas para Educação, que sofreu cortes e também reajuste salarial.
Os servidores denunciam o que chamam de “discriminação” do governo federal por querer dar aumento apenas para o setor de segurança (PF e PRF) em detrimento dos demais servidores públicos federais.
O Sinasefe/MS, que representa os servidores do Instituto Federal, divulgou nota afirmando que a manifestação “é contra os cortes na educação pública, pelo passaporte vacinal, por merenda para todos e todas no IFMS, em defesa da ciência e da educação! E por reposição salarial para os servidores, que estão há mais de 5 anos sem aumento!”
O sindicato dos docentes da UFMS (Adufms) também divulgou manifesto onde afirma que as entidades sindicais e movimentos sociais se unem para mostrar ao membro da gestão de Jair Bolsonaro que seu descaso para com a educação, suas políticas contra a classe trabalhadora e seu desprezo pela ciência não serão tolerados. “Junte-se a nós em defesa da dignidade salarial, da educação, da ciência e da vida!”
Segundo Waldevino Basílio, servidor da UFMS, e coordenador do Sista/MS, “esse ministro defendeu, numa fala pública dele, que as universidades deveriam ser para poucos. Em outra fala dele, em público também, falou que as crianças com algum tipo de deficiência atrapalhavam o bom desempenho dos outros alunos, considerados normais. Já em outra fala dele, defendeu que o MEC deveria ter acesso prévio às perguntas do Enem, configurando uma tentativa de censura. E por aí vai. Ou seja, é um camarada totalmente despreparado, que está lá simplesmente porque é da mesma linha ideológica do presidente. É uma vergonha para o nosso país, o que esse governo faz com a pasta da Educação. O primeiro ministro da Educação deste governo era um colombiano que foi indicado ministro por ser da turma do falecido Olavo de Carvalho. O segundo, que agora quer ser candidato a governador de São Paulo, é um desajustado que afirmou que se plantava maconha nas universidades. Isso demonstra que os ministros desse governo são completamente descolados da realidade das universidades. Enquanto isso temos uma fuga de cérebros do país. Muitos professores e pesquisadores qualificados foram embora do país porque não tem salários dignos, não tem condições decentes para a prática da pesquisa e do ensino no nível superior.”
O ato está previsto para começar às 14:30 horas nas proximidades do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, em frente ao restaurante Paulo VI, na Avenida Manoel Ferreira, nº 78, no Bairro Santo Antônio.
(Gazeta Trabalhista – Foto: Naiara Demarco/MEC)
http://gazetatrabalhista.com.br/ministro-da-educacao-participa-de-inauguracao-no-instituto-federal-de-ms-e-reuniao-da-associacao-de-homens-de-negocios-do-evangelho-pleno-neste-sabado-5-em-campo-grande/
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