No fim de semana, conforme divulgaram os dois países, uma delegação dos Estados Unidos esteve em Caracas onde conversou com o presidente Nicolás Maduro.

Petróleo e gás e as perspectivas de exportação para os EUA estão na ordem do dia, quanto mais se prolongar o conflito na Ucrânia. Por um lado os norte-americanos precisam desesperadamente de alternativas em curto prazo de tempo, de outro Madura precisa aliviar a economia e da entrada de recursos, ainda mais com a Rússia focada na guerra.

Apesar da Casa Branca, que não reconhecer o governo de  Maduro como legítimo, frente à situação do momento, o retorno das exportações pode ser algo que agrade os dois lados. Se o pragmatismo vencer, os Estados Unidos podem voltar a ter acesso ao petróleo da Venezuela, onde está uma das maiores reservas do planeta. Com a diminuição da dependência econômica de Moscou haveria um afastamento, ainda que sutil, da parte de Maduro em relação à aliança política com Putin? E qual seria a reação da Rússia?

“O propósito da viagem dos funcionários do governo americano foi discutir uma variedade de temas que incluem certamente energia, segurança energética”, afirmou o porta-voz de Joe Biden.

Já Maduro  confirmou a reunião pela televisão, dizendo que teria sido “respeitosa, cordial e diplomática”, sem entrar em maiores detalhes. “Fizemos a reunião no gabinete presidencial, lá estavam as duas lindas bandeiras, unidas como deveriam estar as bandeiras dos Estados Unidos e da Venezuela. Tivemos quase duas horas de conversa. Pareceu muito importante poder, cara a cara, conversar sobre temas de máximo interesse da Venezuela. Ratifico, como disse à delegação, toda nossa vontade de diplomacia, de respeito e da máxima esperança de um mundo melhor. Podemos avançar em uma agenda que permita o bem-estar e a paz dos povos de nosso hemisfério, de nossa região”.