Prefeitura apresenta projetos para agricultura familiar em Campo Grande

Prefeitura apresenta projetos para agricultura familiar em Campo Grande

Projetos que deverão beneficiar as comunidades rural e urbana de Campo Grande, incluídos os produtores de Anhandui e de Rochedinho, foram anunciados nesta sexta-feira (25) pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio. O evento, que reuniu produtores da agricultura familiar, aconteceu no auditório da Semed e serviu para apresentar as ações que serão desenvolvidas pela Sidagro até 2024.

No mesmo evento foram assinados três importantes documentos, são eles: termo firmado com a Semadur que concede a permissão de uso de imóveis públicos municipais aos beneficiários do Programa Hortas Urbanas, integrante do Plano Municipal de Agricultura Urbana; termo de cooperação com o Senar permitindo programação de cursos que beneficiem produtores da agricultura familiar; termo de cooperação com a UFMS, com objetivo de desenvolver projetos de pesquisa conjuntos e desenvolver programas para realizar estudo de pós-graduação ou pesquisas.

Pela UFMS assinou o professor e pró-reitor Marcelo Ferreira; pelo Senar, o coordenador do Departamento de Assistência Técnica e Gerencial, Nivaldo Passos de Azevedo Junior; pela Semadur, o titular da pasta, secretário Luis Eduardo Costa.

A presidente da associação dos produtores do Pólo de Orgânicos, Maria Aparecida Brito, comentou sobre o item do Plano da Agricultura Urbana. Ela comemorou o fato de que o primeiro núcleo agroecológico será implantado na zona oeste do Município, justamente na área onde hoje estão 15 produtores de orgânicos.  “Com a regularização dos lotes e com a documentação legal em dia, poderemos produzir com mais tranquilidade”, afirmou, Maria Brito, já antevendo a possibilidade de comercializar a produção junto aos órgãos públicos e demais consumidores do Município. “Dessa forma teremos oportunidade de criar empregos e melhorar nossa renda familiar”.

O titular da Sidagro Rodrigo Terra ressaltou que a secretaria está priorizando a parte técnica e que no ano de 2021 foi elaborado um planejamento para que a partir de 2022 fossem executados os projetos.“O trabalho que a Sidagro está realizando conseguiu dar a visão de importância ao setor do agronegócio e a necessidade que o agro tem de participar mais do desenvolvimento econômico do município”.

Terra também falou das ações executadas durante a pandemia da Covid-19. “Isso não quer dizer que em 2021 ficamos parados, muitas ações foram realizadas no ano passado. Exemplo disso é o PAA – Programa de Aquisição de Alimentos, que alcançou 99,9% dos objetivos propostos; as patrulhas mecanizadas que continuaram o trabalho; o modelo de gestão está em mudança; realizamos contratação de novos tratoristas para atuar nas patrulhas mecanizadas”, completou o secretário.

Para Luis Eduardo Costa, secretário municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana, o trabalho de estruturar a agricultura urbana em Campo Grande é um caminho sem volta. “A energia e o comprometimento que a equipe da Prefeitura está despendendo nessa área é muito grande e está sendo valorizada”, disse. “Nós temos uma cidade de 35 mil hectares e o estudo feito para o desenvolvimento urbano e ambiental de Campo Grande mostra que existem 17 mil hectares de vazio urbano”, confirmou Luis Eduardo, garantindo que tudo que for planejado aqui dá pra fazer, com técnica, conhecimento e tecnologia certa.

Ciclo completo

A Superintendência do Agronegócio da Sidagro tem hoje 17 projetos em andamento e está preparando para 2022 os tradicionais eventos, como a Festa do Queijo em Rochedinho e do Doce e da Pimenta em Anhanduí, inseridas no calendário de eventos do Município.

“Nós encaixamos dentro das necessidades do ciclo do agronegócio uma gerência para cada parte desse ciclo”, explicou o superintendente do Agronegócio da Sidagro, o agrônomo João Duarte.

O superintendente disse também que “dentro do círculo de produção, começa com o preparo do solo – serviço executado pela gerência de serviços e logística; em seguida vem a parte de insumos – visando enriquecer o plantio com adubos e mudas, para fazer a cultura se estabelecer; depois vem o atendimento – técnica para que essa cultura seja bem conduzida; em seguida vem o processo de comercialização conduzido pela gerência de valoração e comercialização dos produtos do agronegócio”.

Acrescenta-se ainda que o ciclo se completa com a participação do SIM – Serviço de Inspeção Municipal, que deixa esses produtos legalizados para comercialização, principalmente os produtos transformados – de origem animal. “Esses produtos têm que estar certificados, registrados, inspecionados para passarem segurança no processo de consumo. Nessa gerência foram alocados novos profissionais para oferecer mais qualidade aos produtos na ponta final do consumo”, completou João Duarte.

http://gazetatrabalhista.com.br/ms-no-campo-desta-semana-destaca-os-desafios-da-agricultura-familiar/

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