Contratação temporária de 124 servidores para a Agraer/MS: efetivos cobram concurso público
A contratação de de 124 novos profissionais para reduzir o déficit de pessoal na Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) foi anunciada ontem (15) na Assembleia Legislativa.
Na reunião, o deputado, Zeca do PT questionou o diretor-executivo do órgão, Marcos Roberto Carvalho de Melo, sobre o assunto, que já havia sido discutido na sessão ordinária da Comissão, realizada em dezembro do ano passado. Segundo o diretor, está em estudo na Secretaria de Estado de Administração (SAD) a contratação temporária de 124 novos funcionários. Isso deve ser efetivado até o fim deste ano.
A Agraer, órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), sofreu redução expressiva no quadro de servidores ao longo dos anos. De acordo com Marcos Roberto, a Agraer tinha, há cerca de 20 anos, 682 funcionários e, atualmente, são 432. Ele chegou a solicitar a realização de concurso público ao Governo do Estado. Por ora, no entanto, deve ser realização contratação temporária.
Servidores querem contratação por concurso público
Segundo um servidor concursado da Agraer, que prefere não se identificar, a falta de funcionários deveria ser resolvida com concurso público. “Essa defasagem de funcionários não é coisa de agora. Não há planejamento no governo frente às situações já identificadas no passado? Essas contratações temporárias são ruins por diversos motivos, como a insegurança do próprio funcionário, sempre sujeito a pressões políticas – ainda mais em ano eleitoral; a quebra na continuidade do trabalho, pois quando ele já adquiriu experiência e relações com os assistidos, acaba o contrato. E tem também a questão da nossa previdência, pois funcionários contratados não contribuem com a previdência estadual. Aí alegam déficit para cobrar 14% até de aposentados e pensionistas! Falta planejamento e vontade política para resolver. Mas é cômodo para os políticos contratarem centenas justamente em ano eleitoral. Deveria ser proibida contratações temporárias em ano eleitoral, a não ser em casos de necessidade realmente urgente. Isso obrigaria a realização de concurso para vagas que estão em aberto. Esse problema de contratações temporárias é geral no governo estadual. Veja a situação da Educação, com enorme contratação de professores temporários. Os sindicatos têm que ser mais assertivos sobre isso e denunciar essas manobras que prejudicam o funcionalismo e a previdência, bem como a própria sociedade que recebe os serviços públicos.”
O deputado Zeca do PT, que preside a Comissão, tem insistido na necessidade de ampliação do quadro de servidores do órgão para que as demandas dos agricultores familiares sejam melhor atendidas. “Vou fazer, até a próxima semana, um requerimento ao Governo do Estado, perguntando como está o processo de contratação de servidores para a Agraer”, disse o parlamentar ao fim da reunião.
(Com informações da Agência AL/MS)
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