
Ambulância doada para atender indígenas de Dourados está parada em Campo Grande desde 2024 por falta de estrutura para operar
Atualmente, o veículo permanece parado em Campo Grande, sem previsão para entrar em operação.
O vereador Franklin Schmalz (PT/Dourados) visitou, no dia 17 de janeiro, o superintendente estadual do Ministério da Saúde, Dr. Ronaldo de Souza Costa, e recebeu informações sobre o projeto de implementação do Samu Indígena em Dourados. No encontro, foi solicitado apoio do parlamentar para sensibilizar a administração municipal em relação ao assunto.
O governo federal já destinou uma ambulância exclusiva para atender a reserva indígena, mas o veículo permanece parado há quase um ano em Campo Grande, aguardando a construção de uma estrutura adequada para abrigar a base de operações, equipamentos e equipe que será composta por um médico, um enfermeiro e um motorista.
No dia 24 de janeiro, Franklin recebeu, na Câmara Municipal, representantes da comunidade indígena e o coordenador do Samu do município, Dr. Messias Villa Mendonça, para entender o projeto da base descentralizada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) dentro da Reserva Indígena. A iniciativa busca ampliar o acesso à saúde de urgência para as populações indígenas, que enfrentam dificuldades devido à demora no atendimento emergencial, agravada pela distância e precariedade das vias de acesso.
De acordo com o projeto, a contratação da equipe será viabilizada pela AGSUS (Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde), via DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena). Já à Prefeitura de Dourados cabe construir a estrutura física e manter os insumos necessários.
Durante a reunião, o coordenador do Samu informou ao vereador que já existe um terreno disponibilizado na sede da liderança da Aldeia Bororó para a instalação da base. Segundo Dr Messias, a base descentralizada será a primeira do tipo no país, reforçando a importância da descentralização do serviço, visando aprimorar a eficiência no atendimento.
“Esta é uma demanda urgente da comunidade indígena, que merece um atendimento digno e ágil. A ambulância já foi enviada pelo Governo Federal, mas sem a estrutura da base, ela continua inutilizada. A Prefeitura precisa assumir sua responsabilidade e avançar na construção desse espaço”, destacou Franklin, que se comprometeu a levar a pauta para discussão na Câmara Municipal e buscar celeridade na resolução do problema.
Também participaram da reunião a professora Cris Terena, assessora da deputada estadual Gleice Jane (PT), Teodora Souza, Coordenadora da FUNAI-Dourados, e as professoras da educação indígena, Sandra Medina Rossate e Maria Regina de Souza. Para as representantes indígenas, o Samu Indígena será essencial para salvar vidas em casos graves, como acidentes, partos de risco e outras emergências, que hoje enfrentam longas esperas por atendimento.
Franklin reiterou seu compromisso com a pauta, prometendo acompanhar de perto o avanço do projeto. “A saúde é um direito de todos, e a comunidade indígena não pode mais esperar por algo tão essencial. Vamos pressionar para que essa estrutura saia do papel e garanta o atendimento emergencial que essa população tanto necessita”, concluiu.
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