Atrasado, Bolsonaro conversa com presidente da Rússia sobre importação da vacina Sputnik V
O presidente Jair Bolsonaro conversou nesta terça-feira (6), por telefone, com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Entre os assuntos tratados, está a aquisição de doses da vacina russa Sputnik V, produzida pelo Instituto Gamaleya. Presenciaram a conversa os ministros Carlos Alberto França (Relações Exteriores), Marcelo Queiroga (Saúde), Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral) e o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres.
“Acabei de receber um telefonema do presidente Putin. Um dos assuntos mais importantes que nós tratamos aqui é a possibilidade de nós virmos a receber a vacina Sputnik, daquele país. Logicamente dependemos ainda de resolver alguns entraves aqui no Brasil, e estamos ultimando contatos com as demais autoridades, entre eles a Anvisa, [sobre] como nós podemos efetivamente importar essa vacina”, disse o presidente em vídeo publicado nas suas redes sociais.
O presidente também destacou que, caso tenha aprovação para uso no Brasil, a vacina russa pode vir a ser fabricada no país, sob responsabilidade da farmacêutica União Química.
Em fevereiro, o Ministério da Saúde anunciou a dispensa de licitação para aquisição de 10 milhões de doses do imunizante russo, ao custo de R$ 639,6 milhões.
Na conversa, os dois presidentes também acertaram o envio de uma equipe da Anvisa à Rússia, para inspecionar as instalações de produção da Sputnik V e de seus insumos. Ainda esta semana, diretores da Anvisa também devem receber o embaixador da Rússia no Brasil, Alexey Labetskiy, para discutir formas de acelerar a importação do imunizante.
Os movimentos que defendem a vacinação como única forma de retomada da economia e da normalidade, consideram que o país amarga uma posição ruim em nível internacional pelo atraso do governo Bolsonaro em reconhecer a gravidade da pandemia e para dar início às tratativas para a fabricação da vacina. A negação da gravidade da doença levou o país a esse atraso, levando a uma dependência da “boa vontade” de outros países para conseguir os insumos e tecnologia necessários para a produção dos imunizantes.
(com informações da Agência Brasil)
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