Abate de frangos e suínos bateu recorde em 2021 no Brasil: trabalhadores em frigoríficos esperam que aumento da produtividade chegue na PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e nos salários
O abate de cabeças de frango no Brasil atingiu 6,18 bilhões em 2021. O volume significa alta de 2,8% ou 169,87 milhões de cabeças a mais na comparação com o ano anterior. Com esse desempenho, o país registrou recorde da série histórica da Pesquisa Trimestral do Abate, que começou em 1997, e foi divulgada no dia (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a pesquisa, com o avanço de 7,3%, o ano de 2021 marcou recorde no abate de 52,97 milhões de cabeças de suínos, ou mais 3,61 milhões, na comparação com 2020.
Com o aumento da produção – e portanto do faturamento das empresas do setor de processamento de carnes – os trabalhadores do setor esperam que esse aumento se reflita também na PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e nos salários.
“Esperamos que esse aumento da produção e do faturamento seja repassado aos trabalhadores. A PLR (Participação nos Lucros e Resultados) existe para isso”, afirma Fábio Bezerra, presidente do Sindmassa/MS (sindicato que representa trabalhadores do setor de alimentação de 35 municípios de Mato Grosso do Sul)
Trabalhando na pandemia
Segundo Fábio Bezerra, os trabalhadores do setor de alimentação não pararam durante a pandemia e pagaram um preço por isso, com grande número de trabalhadores infectados pela covid. “No entanto, continuamos a trabalhar”, lembrando do grande número de infecções que ocorreram nos frigoríficos.
Para ele, esse aumento recorde no abate, junto com o aumento dos preços dos produtos, significa aumento no faturamento das empresas e isso precisa ser repassado para os trabalhadores. “Precisamos de leis e regulamentos que obriguem a patronal a repassar para os trabalhadores uma Participação nos Lucros e Resultados condizente com nosso trabalho. Na hora da pandemia somos considerados serviço essencial e continuamos trabalhando. Esse esforço deve se refletir na PLR e nos salários.”
Consumo interno e exportação
A alta das exportações da carne de frango in natura contribuiu para o recorde de frangos abatidos em 2021. No entanto, o consumo interno que segue crescendo, também teve a sua parcela no desempenho. Com a alta da carne bovina, a população procurou substitutos. Tanto o frango quanto a carne suína se tornaram opção de proteínas mais em conta.
(Fonte: Sindmassa/MS – Foto: site Ministério da Agricultura)
INSS volta a agendar atendimento presencial a partir desta segunda (14)