Audiência pública sobre Sistema de Regulação de Vagas no SUS em Campo Grande abordou o tema na Assembleia Legislativa de MS
Audiência Pública sobre Sistema de Regulação de Vagas no Sistema Único (SUS) em Campo Grande aconteceu na Assembleia Legislativa na terça-feira (14)
Durante a discussão o deputado Pedrossian Neto citou dados do Sistema de Regulação de Campo Grande, que ajudam a dimensionar o problema. De acordo com o levantamento, o tempo de espera para a primeira consulta para realização de cirurgia de cabeça e pescoço é de 214 meses, o que corresponde a 18 anos. Essa é a situação mais crítica, em se tratando da demora, dos casos elencados pelo parlamentar. São 904 pacientes no total, dos quais 856 aguardando consultar pela primeira vez. E há apenas quatro vagas para primeira consulta e somente dois profissionais para fazer o atendimento.
Outros tipos de cirurgias eletivas apresentam demoras menores, mas ainda significativas. É o caso da cirurgia ortopédica de quadril, com 1.165 pessoas na fila e com tempo médio de espera de 113 meses ou nove anos. A cirurgia de ombro, que tem 1.432 na fila, chega a demorar 101 meses ou oito anos para a primeira consulta. E, de modo geral, há poucas instituições de saúde e número reduzido de profissionais realizando os procedimentos. Em se tratando da cirurgia de quadril, há seis profissionais e só um prestador de serviço. No caso da cirurgia de ombro, só tem um prestador e dois profissionais para atender a demanda.
Esse problema, de acordo com o deputado, relaciona-se a outros gargalos no SUS. “Necessidade de equilibrar os incentivos a determinadas especialidades para corrigir desvios na fila de espera; sistemas distintos que dificultam a análise de dados; concentração de informações e ausência de justificativas médicas no sistema; e ausência de transparência dos dados”, enumerou o parlamentar. Ele acrescentou que a transparência, assegurada em legislação, contribui para mudança de cultura, fundamental no processo de resolução da morosidade dos atendimentos.
O vereador Dr. Victor Rocha (PP) foi convidado para compor a mesa de discussão, justamente por ter atuado como secretário adjunto da Sesau e também por ser o idealizador e médico mastologista da Casa Rosa. “Nossa contribuição nessa discussão foi de mostrar dados fornecidos pela Sesau, após solicitação via ofício, com o demonstrativo das filas de espera por vagas no Sistema de Regulação do SUS. Conforme apresentado pelo deputado Pedro Pedrossioan. A Saúde é um direito de todos e um dever do Estado. Nós, enquanto representantes do povo, não podemos nos calar diante da falta de gestão na Sesau”, argumentou o presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores.
Idealizador e Médico Mastologista da Casa Rosa, Dr. Victor Rocha apresentou os resultados do projeto que em dois anos de atuação já fez o diagnóstico de 130 casos de câncer de mama. “Implantada em 11 de novembro de 2021, a Casa Rosa zerou a fila de espera por consulta com mastologista, punção e biópsia de mama no Sistema Único de Saúde (SUS). Desde a inauguração até 10 de novembro de 2023, a Casa Rosa realizou 6.846 atendimentos (entre primeira consulta e retorno), 2292 ultrassonografias, 1172 mamografias, 1061 biópsias de mama e 40 cirurgias de mama. Com 130 casos diagnosticados de câncer de mama, que já foram encaminhados para o devido tratamento”.
Dr. Victor Rocha encerrou sua participação enfatizando que é possível fazer um SUS de qualidade, bastando apenas boa vontade política para promover a melhoria da qualidade de vida da população. “A Casa Rosa é um caso de sucesso que serve como modelo de gestão para Campo Grande, Mato Grosso do Sul e para o Brasil. A Casa Rosa tem como foco a prevenção do câncer de mama e a saúde da mulher. O projeto realiza consultas, exames, diagnóstico do câncer de mama e o tratamento em tempo hábil. Zerou a fila de espera no SUS para consulta em mastologia, punção e biópsia de mama. Temos cumprido nossa missão: Salvar Vidas!”.
(Fonte: Assessoria de Imprensa do Vereador – Foto: Saul-Schramm-portal-do-ms)
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