Bolsonaro fez 245 ataques contra o jornalismo no primeiro semestre, diz Federação dos Jornalistas
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) registrou 245 ocorrências de ataques do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) contra jornalistas de janeiro a junho deste ano.
De acordo com dados atualizados divulgados pela FENAJ nesta quinta-feira (2), do total, 211 foram ataques categorizadas como descredibilização da imprensa, 32 pessoais e 2 foram ataques contra a Federação. São quase dez ataques ao trabalho jornalístico por semana, neste ano.
O monitoramento da FENAJ contempla declarações públicas do presidente em suas lives publicadas no YouTube, na conta pessoal no Twitter, vídeos de entrevistas coletivas em frente ao Palácio do Alvorada e transcrições de discursos e entrevistas disponibilizadas no portal do Planalto.
Para além dos números, diz nota da FENAJ, os dados mostram que as notícias sobre as ações do governo ou a postura do presidente sobre diversos assuntos transformam a imprensa em sua “inimiga”, com a construção de uma narrativa de ataques com o objetivo de promover a descredibilização do trabalho jornalístico e da credibilidade da produção de notícias.
“Algumas vezes o presidente coloca a imprensa e os jornalistas como ‘inimigos do País’, por conta de coberturas que o desagradam”, diz trecho da nota da FENAJ.
A FENAJ, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, o Instituto Vladimir Herzog, o Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, o Repórteres sem Fronteiras e a Artigo 19 protocolaram na terça-feira (30), uma ação contra a omissão do Governo Federal em promover medidas de segurança para garantir a atuação de jornalistas.
A ação lembra que os ataques são estimulados pelo tratamento abusivo do presidente e ministros contra profissionais de imprensa, e também pede indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 300 mil.
Leia a matéria completa no site da FENAJ.
Fonte: CUT