Câmara aprova mudança no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação para destinar recursos para obras paradas

Câmara aprova mudança no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação para destinar recursos para obras paradas

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (26) o Projeto de Lei 2633/21, que permite aos entes federados repactuarem com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) termos de compromisso relativos a obras paralisadas. A matéria será enviada ao Senado.

De autoria do deputado Ricardo Barros (PP-PR), o projeto abrange as obras paralisadas que entraram no sistema de controle do Ministério da Educação (Simec) no período de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2020. Barros afirmou que a proposta foi construída com apoio do Ministério da Educação, Tribunal de Contas da União e da Controladoria-Geral da União. “É um projeto que visa resolver um problema técnico-jurídico para que seja possível gerenciar uma obra inacabada e, através de perícia estabelecer um valor para concluir essa obra e poder repactuar com o município e permitir uma nova licitação com recursos aportados por emendas”, explicou.

Essa repactuação deverá ocorrer dentro de dois anos contados da publicação da futura lei e por uma única vez. A partir do novo compromisso, o ente federado terá 180 dias para publicar o edital de licitação para concluir a obra ou serviços de engenharia.

Segundo o autor, aproximadamente 2,5 mil obras de escolas, creches e outros equipamentos de educação conveniados com o FNDE a partir de 2009 foram paralisadas pelo não cumprimento do plano de trabalho original. “O valor destinado pelo órgão não condizia com a realidade dos preços operados pelo mercado e não foram autorizados aditivos, forçando os gestores a reduzir custos, alterar o projeto e os materiais utilizados na obra”, afirmou Barros.

Pelas comissões permanentes, o deputado General Peternelli (PSL-SP) apresentou parecer favorável sem mudanças. “O projeto poderá viabilizar a finalização de aproximadamente 2,5 mil escolas e creches inacabadas espalhadas por diversos municípios brasileiros”, lembrou.

Dinheiro
Para a conclusão das obras e serviços, o orçamento federal deverá direcionar os recursos necessários, que poderão vir inclusive de emendas parlamentares (individuais ou de bancada) e de relator.

O novo termo de compromisso não exime os gestores de responsabilidades penal, civil e administrativa pela contratação e acompanhamento das obras paralisadas ou mesmo as empresas contratadas.

Laudo
Para pedir a repactuação, o interessado deverá apresentar laudo técnico com anotação ou registro de responsabilidade técnica atestando o estado atual da obra, acompanhado de planilha orçamentária com valores atualizados para sua conclusão.

No caso de a obra ou serviço ter sido executado em percentual inferior a 20%, a repactuação dependerá de parecer favorável do FNDE quanto à sua viabilidade técnico-econômica.​

Destaque
O Plenário rejeitou o único destaque apresentado pelo Psol que pretendia impedir o uso de recursos de emendas do relator do orçamento para a conclusão das obras e serviços. ​A líder do Psol, deputada Taliria Petrone (Psol-RJ), afirmou que a proposta “abre brechas” no orçamento. “Nenhuma obra vai ficar inacabada porque esse PL não foi aprovado. É um processo administrativo a repactuação para ampliar o prazo para que a adesão ao programa do FNDE que possibilita a término das obras”, avaliou.

O deputado Hildo Rocha (MDB-MA), no entanto, disse que parte das obras não podem ser terminadas com recursos atrasados. “Os valores que foram alocados em 2009 já não são suficientes”, afirmou.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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