Campo Grande: PT reafirma oposição à gestão de Adriane Lopes e vai lançar candidatura própria em 2024

Campo Grande: PT reafirma oposição à gestão de Adriane Lopes e vai lançar candidatura própria em 2024

Num evento denominado “Primeiros Passos – Eleições 2024”, que aconteceu no sábado (11) o partido definiu pela elaboração de um programa de governo para Campo Grande e deve buscar um nome de consenso, ainda neste primeiro semestre, para encabeçar a chapa majoritária. 

O partido tem uma avaliação negativa da gestão da prefeita Adriane Lopes, que assumiu o cargo após a renúncia de Marquinhos Trad para concorrer ao governo do estado. Críticas é o que não faltam, seja na área da saúde, educação, infraestrutura e transporte coletivo. Com dois deputados federais, três deputados estaduais e dois vereadores na capital de MS, o PT considera que tem quadros próprios para compor a chapa majoritária e disputar a prefeitura.

Para o presidente do diretório municipal do partido, advogado Agamenon do Prado, “Campo Grande vem sendo administrada pelo mesmo grupo político desde a gestão de Marquinhos Trad. A prefeita Adriane Lopes não pode dizer que assumiu a prefeitura agora pois ela já vem de seis anos na administração junto com Marquinhos Trad, como vice. E o mesmo modo de administrar continua e agora com agravantes. “

Segundo Agamenon, o PT não compõe a base de sustentação da prefeita. “Estamos fazendo oposição aqui na capital, e é nítida a situação da nossa cidade. Não existe um projeto de desenvolvimento na cidade, a mobilidade urbana é estarrecedora, o transporte coletivo é de baixa qualidade.  Ela não atende os servidores públicos, principalmente os que recebem baixos salários. A infraestrutura dos bairros toda abandonada. Temos dez creches paradas. As unidades de saúde estão em situação lamentável. Basta uma chuva para mostrar isso.”

Segundo a vereadora Luiza Ribeiro (PT), “o partido vai ter candidatura própria à prefeitura de Campo Grande, e efetivamente não integra a base da prefeita Adriane Lopes, muito especialmente porque ela elegeu-se na chapa do Marquinhos Trad e de quem nós também não integramos o governo. Fazemos uma oposição que respeita a pessoa dela, ninguém vai destratar com a pessoa dela, mas estamos muito atentos à administração. Entendemos que é uma administração muito problemática, está muito dissociada do que a cidade precisa e não vemos por parte dela as providências necessárias para colocar as coisas no eixo. A cidade passa por uma  crise fiscal gravíssima que atinge os serviços públicos, porque não é possível fazer investimentos nos serviços públicos que são necessários, e também  atinge os próprios servidores efetivos que não tem recebido reposição salarial, pagamento de insalubridade e de periculosidade. Nunca ouve uma composição entre o PT e a prefeita. Há um respeito institucional, mas não integramos a base política da prefeita e do ponto de vista político é claro que o partido tem candidatura própria em 2024 e já estamos construindo esse nosso caminho.”

Programa de governo e candidaturas – Ainda sem um nome definido, a intenção é chegar num nome, através de consenso, ainda no primeiro semestre. Enquanto isso, o partido já trabalha na elaboração de um programa de governo centrado no combate à exclusão social. Segundo Agamenon, o PT propôs a construção de um complexo de saúde, com um hospital municipal, mas não existe interesse da prefeita.

Federação – O partido irá também debater essas questões (avaliação da gestão da prefeita, programa de governo e candidaturas) com os partidos que compõe a federação partidária junto com o PT: o PV e o PCdoB. A intenção é caminhar juntos num programa alternativo para Campo Grande.

(Eber Benjamim/ Gazeta Trabalhista – Foto: PMCG)

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