“Comparada a Itaipu”: viagem de Marquinhos Trad ao Paraguai vira piada no meio político de Mato Grosso do Sul

“Comparada a Itaipu”: viagem de Marquinhos Trad ao Paraguai vira piada no meio político de Mato Grosso do Sul

A grandiloquência com que o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, divulgou sua mais recente viagem ao Paraguai virou piada no meio político de Mato Grosso do Sul.

Pré-candidato a governador, o prefeito tem investido em ações midiáticas, ainda que sem nenhum resultado concreto, para dar visibilidade antes da renúncia ao cargo para efetivar sua postulação ao governo. Uma dessas ações foi a visita à capital do Paraguai, Assunção, onde no dia 22 de fevereiro assinou  um “memorando de entendimento entre o município de Campo Grande e o Ministério de Indústria e Comércio do Paraguai, a fim de aproveitar os benefícios gerados pela Hidrovia Paraguai-Paraná.”

Na prática, tal memorando é uma carta de intenção, sem nenhum resultado prático imediato. Marquinhos não é governador do estado, mas tenta posar como tal. Junto com ele foi uma comitiva. Caberia à Câmara de Vereadores indagar quanto foi gasto dos cofres municipais para “assinatura do memorando”.

A assinatura de um minguado memorando foi divulgada como “comparada à parceria de Itaipu”, que construiu uma das maiores hidrelétricas do mundo e abastece o Brasil e o Paraguai com energia elétrica. Foi essa comparação exagerada que virou motivo de piada no meio político do estado.

A usina de Itaipu é uma enorme barragem hidroelétrica no Rio Paraná, entre o Brasil e o Paraguai, inaugurada em 1984. Ela é responsável por fornecer 10,8% da energia consumida no Brasil e 88,5% do consumo paraguaio.

 Além do prefeito, participaram da viagem o Secretário de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Rodrigo Terra,  e a subsecretária de Gestão e Projetos Especiais, Catiana Sabadin, entre outros assessores.

Viagem em novembro para viabilizar o “Porto Seco” em Concepción

Em novembro de 2021, o prefeito e comitiva já tinham visitado o país vizinho. Na ocasião, em Concepción, a intenção era viabilizar o Porto Seco de Campo Grande, que está pronto desde dezembro de 2020, e que não decolou.  O investimento no local foi de R$ 30 milhões e a obra se arrastou por 13 anos.  Não se sabe se a viagem deu algum resultado.

Quanto foi gasto nessas viagens pela prefeitura de Campo Grande? Quais foram seus resultados concretos para o municipio? Caberia à Câmara de Vereadores levantar.

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