No jogo de “empurra” entre (i)responsáveis, fios soltos em postes causam acidentes em Campo Grande

No jogo de “empurra” entre (i)responsáveis, fios soltos em postes causam acidentes em Campo Grande

A empresa de energia cede os postes (ou aluga?) para as empresas telefônicas, TV a cabo, internet, para que eles usem também. Aí ficam fios e mais fios abandonados, se desprendendo, e criando verdadeiras armadilhas nas vias públicas, tanto para pedestres como para motorizados.

Aí as empresas ficam jogando uma a culpa na outra, a prefeitura e demais poderes públicos ficam omissos,  e o problema segue na cidade.

Até quando?

‘Laçada’ pela maçaroca, fotógrafa sofreu acidente grave com fios soltos

A fotógrafa Maria Célia, de 63 anos, é mais uma vítima da desorganização nos postes de Campo Grande. Ela sofreu um grave acidente em janeiro, causado pelos chamados “fios soltos” a “maçaroca” que toma conta das vias públicas.

O acidente ocorreu no cruzamento da Rua Rui Barbosa com a 15 de Novembro. “A Maçaroca enroscou num carro que fez a conversão e foi esticando os fios. Me laçou por trás, me deu uma rasteira e me jogou longe”, relatou Maria Célia durante encontro com o vereador Landmark (PT). As consequências foram severas: trauma craniano, lesões profundas, perda de mobilidade no braço direito e uma labirintite pós-traumática. “Hoje não consigo nem segurar minha câmera. Minha vida virou de ponta cabeça”, desabafou a fotógrafa.

Durante o encontro, o vereador Landmark reforçou sua indignação com a falta de responsabilidade. “Quem vai indenizar a dona Maria? Vai ser a Energisa? A prefeitura? A Vivo? A Claro? A NET? Essa é uma pergunta que ninguém responde. Mas enquanto isso, a cidade continua com fios pendurados nos postes sobre as calçadas, sobre rampas, sobre as cabeças das pessoas”, criticou.

Segundo o vereador, projetos de lei já apresentados por outros parlamentares como Ronilço Guerreiro e André Salineiro precisam sair do papel, ganhar regulamentação e fiscalização. “Nosso mandato está se somando a essa luta. Estamos formulando uma proposta que cobre responsabilidade das empresas e exija ação efetiva do poder público”, afirmou Landmark, destacando que já acionou oficialmente a prefeitura, Energisa, Anatel e operadoras de telefonia e internet.

Maria Célia afirmou que seu principal objetivo agora é evitar que outras pessoas passem pelo mesmo. “Não dá mais pra ignorar. Esses fios estão em toda esquina, em toda quadra. É preciso uma lei com efetividade. O que eu passei não desejo a ninguém”, disse.

Neste sentido, Landmark ressaltou a falta de fiscalização e de legislação eficaz faz com que a responsabilidade seja empurrada entre empresas e o poder público, enquanto a população segue exposta ao risco.

“Nosso gabinete está à disposição da dona Maria e de todas as vítimas desse descaso. Esse problema tem nome: negligência. E nós vamos cobrar as providências até que essa situação mude”, finalizou Landmark.

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