GM fica, mas quer ‘redução drástica de direitos’, diz sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos

GM fica, mas quer ‘redução drástica de direitos’, diz sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos

Segundo metalúrgicos, empresa pretende aumentar jornada e liberar terceirização.

 Para permanecer e realizar novos investimentos no país, a General Motors quer “flexibilizar” os acordos trabalhistas, afirma o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, no interior paulista, que participou nesta terça-feira (22) de reunião com representantes da montadora. O sindicato de São Caetano do Sul, na região do ABC, também estava presente, além dos prefeitos dos dois municípios. Pela montadora, o presidente da GM Mercosul, Carlos Zarlenga.

 Na manhã desta quarta-feira (23), o sindicato de São José realizou assembleia na porta da fábrica. “Os trabalhadores ficaram indignados com a proposta da GM”, afirmou o vice-presidente da entidade, Renato Almeida. Segundo ele, a pauta da empresa inclui aumento da jornada, banco de horas, terceirização irrestrita, trabalho intermitente e fim do transporte fretado. Além disso, a GM insiste em eliminar uma antiga cláusula da convenção coletiva, dos anos 1980, que prevê estabilidade no emprego para lesionados.

 “O sindicato é contra a retirada de direitos e continuará com o processo de negociação, mas a decisão final caberá aos trabalhadores. Queremos tratar do assunto com total transparência e dando continuidade à luta por empregos e direitos”, diz Almeida. Nova reunião está prevista para esta tarde.

 A proposta deverá ser detalhada também para o sindicato de São Caetano, que é filiado à Força Sindical, enquanto o de São José é ligado à CSP-Conlutas. A GM, que não se manifestou, tem fábricas ainda em Gravataí (RS) e Joinville (SC).

 

Fonte: CUT / Foto: Lucas Lacaz – Sind. dos Metal. de São José

 

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