Juros altos: ato em Campo Grande pede baixa dos juros pelo Banco Central
A alta taxa de juros cobrados em empréstimos bancários foi alvo de protesto em Campo Grande, no último sábado. Atualmente a taxa básica de juros estabelecida pelo Banco Central está em 13,75%, enquanto a inflação oficial está em 4,07% nos últimos 12 meses. O Banco Central argumenta que a taxa está mantida em patamares altos para conter a inflação.
A manutenção da taxa elevada tem levado a um embate entre o presidente Lula e o Banco Central, que desde 2021 (através de lei aprovada pelo Congresso Nacional) tem “independência” do governo federal para estabelecer a taxa de juros. Lula argumenta que a inflação está sob controle e o juros altos atrapalham os consumidores e impedem um crescimento maior da economia.
Para os participantes do ato, a inibição do consumo e dos investimentos (por parte dos empresários) provocada pelos juros altos mostram que o Banco Central está “sabotando a economia para beneficiar os banqueiros”, que são os que ganham com os juros altos cobrados nos empréstimos bancário, cheque especial, cartão de crédito, etc.
Segundo Ronaldo Sandim, um dos organizadores, “a independência do Banco Central não existe né? Aliás, o atual presidente do BC é um bolsonarista assumido publicamente.” Para Sadim, falar em independência do Banco Central não corresponde aos fatos, pois o banco só tem demonstrado a tal independência para manter os juros altos (beneficiando os bancos) e não para baixar os juros e assim melhorar a situação dos consumidores.
Gazeta Trabalhista – Fone/Whats: 99213-7842 – Email: gazetatrabalhista@gmail.com
.