Possível não recontratação de professores convocados em Campo Grande desespera e revolta educadores
A informação de que os professores convocados que trabalham nas escolas municipais de Campo Grande não terão seus contratos renovados gerou revolta e desespero entre os educadores. Segundo as informações que circulam nos grupos de professores, já haveria um comunicado interno informando que aqueles professores cujo períodos de contratação encerrarem durante a quarenta não serão recontratados. A medida não atingiria todos os convocados, mas aqueles que estão cobrindo licenças que devem se encerrar nesse período.
Os professores concursados também serão afetados, pois perderão as aulas em substituição ficando apenas com as aulas para os quais são concursados. Este é o caso de professores que estão substituindo licenciados (por motivo de saúde ou particular). As substituições não serão renovadas mesmo que o titular prorrogue a licença. Isso acarretará perda salarial.
Já a demanda de trabalho que tanto o convocado e/ou concursado cobrem deverá ser absorvida por alguém da equipe gestora da escola, ou professor readaptado, pois não será convocado outro professor para suprir a vaga. Em relação às aulas complementares não teria ainda uma definição.
Os educadores reclamam tanto da falta de interlocução da prefeitura com os professores e o sindicato, como lamentam que perderão o emprego justamente num momento de extrema dificuldade na economia e onde será difícil conseguir outro emprego, mesmo que seja fora da área da educação.
“Se isso se confirmar, será uma verdadeira punhalada nas costas dos professores convocados por parte da prefeitura, pois nos deixará sem trabalho e salários num momento em que a economia está praticamente parada e não será fácil arranjar emprego”, lamenta uma professora. Ela afirma também que os convocados são tratados como subclasse dentro do professorado. “Não somos concursados, e, portanto, não temos estabilidade. Também não somos celetistas [contratado pelo regime da CLT, com carteira assinada] e portanto não temos direito ao Fundo de Garantia ou qualquer indenização. Se isso se confirmar, sairemos com uma mão na frente e outra atrás”, lamenta.