Trabalhadores da ECT em MS participarão em Brasília da formação do Comitê em Defesa dos Correios

Trabalhadores da ECT em MS participarão em Brasília da formação do Comitê em Defesa dos Correios

Sindicato afirma que, ao contrário do que dizem, historicamente a ECT tem sido uma empresa superavitária, que paga seus custos e que já fez repasses bilionários para o governo federal com o lucro obtido.

Preocupado com os rumos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso do Sul (Sintect/MS) participa, nesta quarta-feira (21), no Congresso Nacional, em Brasília, da formação do Cômite em Defesa dos Correios, articulado em nível nacional pelos sindicatos, federações e parlamentares comprometidos com a estatal.

Os sindicatos consideram que, no início do atual mandato, o presidente Lula deu um grande avanço ao retirar os Correios e outras estatais da lista de privatização, que era a intenção da gestão de Bolsonaro. Porém, as entidades tem críticas à forma como a atual gestão da empresa vem conduzindo a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), sem diálogo com o corpo funcional e sindicatos.

Segundo Wilton Lopes, presidente do Sintect/MS, a entidade estará presente na Câmara dos Deputados para integrar o Comitê, junto à Frente Parlamentar em Defesa dos Correios. “Nosso sindicato já vem há tempos levantando os problemas dos Correios e os equívocos dessa atual gestão de continuar na linha da precarização na prestação de serviços.”

Ele aponta que a situação de deterioração nas condições de trabalho da empresa vêm aumentando com reflexos diretos na qualidade de prestação de serviços junto aos usuários físicos e clientes empresariais. “Os problemas estão aumentando, com questões que nunca aconteciam, como a falta de pagamento de fornecedores e terceirizados. As linhas de transporte nacional e regional são todas terceirizadas e chegaram a paralisar as atividades. Muitos lugares ainda estão paralisados e em outros voltaram mas não cem por cento, tudo por falta de pagamento. No plano de saúde, diversos credenciados também pararam o atendimento por falta de pagamento. É uma crise financeira jamais vista na nossa empresa.”

Buscando ser ouvidos

Wilton afirma que os sindicatos esperam ser ouvidos pelo governo, pois há mais de um ano alertam para  a situação, sem que a administração federal leve a sério. “Esperamos que agora com a união de todos os sindicatos, federações e parlamentares o governo nos escute para resgatar a empresa com projetos para fortalecimento dos Correios, para que volte a ter uma arrecadação superavitária. É necessário que tenha um choque nessa gestão, inclusive com a troca da atual direção nacional.”

O sindicalista diz que, historicamente, ao contrário do que dizem, a ECT tem sido uma empresa superavitária, que paga seus custos e que já fez repasses bilionários para o governo federal com o lucro obtido e que espera que o governo leve isso em conta e faça um aporte para ajudar a empresa neste momento. “Nossa intenção é resgatar a empresa e prestar serviço de qualidade à população. Os Correios tem papel importante na integração nacional, é um braço do governo em todos os municípios, uma empresa estatal secular que não podemos deixar acabar assim como está acontecendo neste momento.”

Reunião com o presidente

Ainda nesta semana as federações e sindicatos tem uma reunião agendada com o presidente dos Correios, Fabiano dos Santos, “onde estaremos pontuando nossas críticas à gestão e queremos ouvir dela uma atualização sobre o panorama atual da empresa e quais são os planos concretos para fortalecer Correios em nível nacional”, conclui Wilton.

Wilton Lopes, presidente do sindicato dos trabalhadores nos Correios de MS.

Eber Benjamim/Gazeta Trabalhista – Foto/destaque: Agência Brasil

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