China x Estados Unidos e a Lei da Gravidade

Por Eber Benjamim

  Na Economia, assim como na Física, vale o princípio da Lei da Gravidade que diz que a força de atração de um corpo é proporcional à sua massa (ou seja, ao seu peso). Quanto maior a economia de um país, mais poder de atração ela tem sobre as outras economias, assim quanto maior for um corpo sideral (uma estrela ou um planeta) maior será sua força gravitacional de atração sobre outros corpos. É esse princípio que mantém a Lua em volta da Terra. Também é o que atrai muitas empresas estrangeiras para a China.

  A China já é a segunda economia do planeta, e em breve deve ultrapassar a economia dos Estados Unidos. A China tem 1 bilhão e 400 milhões de habitantes, os Estados Unidos tem 340 milhões. A China tem quase 1 bilhão e 100 milhões a mais de habitantes que os EUA. É um “mercado consumidor” imenso, para utilizarmos uma expressão tão ao gosto dos economistas burgueses. Individualmente, o consumidor dos Estados Unidos tem maior poder de compra, isso é fato. Mas China tem uma massa consumidora muito maior. E isso atrai qualquer empresa em busca de novos mercados. Com salários menores, a China atrai também empresas industriais. As exportações e importações chinesas aumentaram muito na última década.

  Temerosa com o crescimento chinês, parte da burguesia dos Estados Unidos quer manter a hegemonia a qualquer custo, utilizando dos meios comerciais, como aumento de tarifas de importação, à ameaça militar. Isso não tem nada de novo na história dos Estados Unidos, como se pode observar na ascensão do país no século XX.

  Com o crescimento contínuo do seu Produto Interno Bruto, a China se tornou uma espécie de contrapeso aos Estados Unidos na arena internacional e isso incomodou. Donald Trump é a expressão política da burguesia imperialista que tem consciência disso e que vê na China seu grande rival no presente. O objetivo é manter a hegemonia dos Estados Unidos na economia mundial. Sem pudores e com muito cinismo.

Eber Benjamim

Jornalista