Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais de MS realiza congresso nesta sexta e sábado
Acontece a partir desta sexta, 14, em Campo Grande, o 7º Congresso do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em MS (Sindsep/MS), entidade que representa servidores de diversos órgãos federais no estado (Ministério da Agricultura, Incra, Funai, Funasa, Ibama, Ebserh, Conab, Ministério da Saúde, Receita Federal, Dnit, Iphan, administrativos das Forças Armadas, Sesai). O congresso será realizado na sede da FETEMS (Federação dos Trabalhadores na Educação) nesta sexta e sábado. O evento deve reunir cerca de 60 delegados eleitos.
Segundo Adilson dos Santos, secretário de formação do Sindsep/MS, “o 7° Congresso ocorre num momento dos mais graves ataques aos direitos dos trabalhadores, desde a Constituinte de 1988. A reforma trabalhista legalizou o trabalho precário e a deslegitimação da representação sindical nas negociações coletivas. A reforma da previdência dificulta o acesso e os salários de aposentadoria, que são retiradas de direitos. A EC 95 que retira recursos dos impostos das políticas sociais e das condições de trabalho no serviço público para garantir o pagamento de banqueiros e especuladores da dívida pública. Isso pra falar em apenas três das medidas adotadas por Temer e Bolsonaro. E estamos vivendo as ameaças da reforma administrativa e do Plano Mais Brasil para o rentismo.”
“O Congresso tem o objetivo o objetivo de organizar a agenda da categoria dos servidores públicos federais para resistir e derrotar essas medidas do Bolsonaro. Outro objetivo é discutir e deliberar qual é a organização necessária para enfrentar esses desafios. Esse processo do Congresso iniciou em setembro do ano passado e há a expectativa de que os delegados aprovem a unificação do Sindsep/MS com o Sintsprev/MS (que representa servidores da seguridade social e previdência), formando a maior organização sindical de Servidores Públicos Federais em MS”, diz Adilson.
Já para o secretário geral da entidade, Gilmar Gonçalves, o 7º congresso tem por objetivo fazer uma análise da atual conjuntura econômica e política, encaminhando as resoluções do congresso da confederação dos servidores federais do país que aconteceu em dezembro, em Brasília. “Esse congresso tirou um conjunto de ações de enfrentamento contra as políticas do governo Bolsonaro. Esse movimento começou ontem em Brasília com ato em frente ao Ministério da Economia”. Este ato foi para marcar a entrega da pauta de reivindicações dos servidores federais da campanha salarial 2020 ao governo federal.
Segundo Gilmar, após o congresso a entidade vai encaminhar, junto com outros segmentos dos servidores, a mobilização contra os projetos de mudança na Constituição encaminhados pelo governo ao congresso onde constam questões como o fim da estabilidade dos servidores e redução dos salários (em até 25%) com redução de jornada de trabalho.
No calendário de mobilização da categoria está a paralisação unificada dos servidores no dia 18 março, em defesa do Serviço Público, das empresas estatais, dos salários, da soberania e dos empregos.
Eber Benjamim / Gazeta Trabalhista