Cesta básica para uma pessoa custa em Campo Grande R$ 484,46 com aumento de 18,71% em 12 meses, diz DIEESE

Cesta básica para uma pessoa custa em Campo Grande R$ 484,46 com aumento de 18,71% em 12 meses, diz DIEESE

 Cesta aumentou em 13  das 17 capitais pesquisadas em agosto pelo departamento intersindical de estudos e estatística

O preço da cesta básica aumentou, no mês de agosto, em 13 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na comparação com o mês anterior. Em quatro capitais (Curitiba, Brasília, Natal e João Pessoa), o custo da cesta básica diminuiu. Os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos levam em conta os preços do conjunto de alimentos básicos, necessários para as refeições de uma pessoa adulta – conforme Decreto-Lei 399/38 – durante um mês.

O Dieese verificou também que o trabalhador comprometeu, em agosto, na média, 48,85% do salário-mínimo líquido – ou seja, após o desconto referente à Previdência Social – para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em julho, o percentual foi de 48,26%.

Em Campo Grande cesta teve alta de 0,97% em agosto e chega a 7,64% em 2020. Em doze meses acumula aumento de 18,71%.

Na capital de Mato Grosso do Sul a pesquisa do DIEESE constatou aumento de 0,97% no mês de agosto. Em 2020 o aumento chega a 7,64%; No acumulado dos últimos doze meses a cesta aumentou 18,71% em Campo Grande, um acréscimo bem acima do reajuste do salário mínimo levando à uma desvalorização do poder aquisitivo dos trabalhadores principalmente dos que ganham o mínimo ou próximo a ele. Campo Grande teve o sétimo valor mais alto da cesta entre as capitais pesquisadas pelo Dieese.

Óleo de soja dispara

O produto da cesta básica com maior aumento em Campo Grande foi o óleo de soja. Apesar do Mato Grosso do Sul ser um dos maiores produtores e exportadores de soja do país, uma lata de óleo para uso doméstico teve aumento de 31,85% com um preço médio de R$ 4,69.

Outros aumentos

Na comparação com o mês de julho, o arroz teve aumento 13,6%, a carne bovina de primeira subiu 8,8%, o pão francês 5,3%, o leite integral 7,1%, a farinha de trigo 3,9% e o café 0,3%.

Reduções

O feijão carioquinha teve queda de 25,5%,  apresentando um valor médio de R$ 6,74 (pacote de um quilo). A banana teve uma redução de -12,2%), a batata diminuiu -11,7%),  o açúcar -3,2% e a manteiga -0,3%.

 Cesta mais cara é encontrada em São Paulo 

Entre as capitais analisadas, a cesta básica mais cara foi a de São Paulo, onde o preço médio ficou em R$ 539,95; seguida por Florianópolis, com R$ 530,42. As cestas mais baratas foram as de Aracaju, com preço médio de R$ 398,47; e de João Pessoa, R$ 414,50.

Com base na cesta mais cara de agosto, que foi a da capital paulista, o Dieese estima que o salário-mínimo necessário para o sustento de uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) deveria ser a R$ 4.536,12, o que corresponde a 4,34 vezes o mínimo vigente de R$ 1.045.

Percentualmente, a maior alta mensal ocorreu em Vitória, com 5,08% de aumento, o que deixou o valor da cesta em R$ 509,45. Considerando a variação no ano de 2020, Salvador teve a maior alta (16,15%), deixando o preço da cesta em R$ 418,72. Já nos últimos 12 meses, a maior alta foi registrada no Recife, um aumento de 21,44%, resultando na cesta de R$ 439,19.

O que é a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA) é um levantamento contínuo dos preços de um conjunto de produtos alimentícios considerados essenciais. A PNCBA foi implantada em São Paulo em 1959, a partir dos preços coletados para o cálculo do Índice de Custo de Vida (ICV) e, ao longo dos anos, foi ampliada para outras capitais. Hoje, é realizada em 17 Unidades da Federação e permite a comparação de custos dos principais alimentos básicos consumidos pelos brasileiros.

Os itens básicos pesquisados foram definidos pelo Decreto Lei nº 399, de 30 de abril de 1938, que regulamentou o salário mínimo no Brasil e está vigente até os dias atuais. O Decreto determinou que a cesta de alimentos fosse composta por 13 produtos alimentícios em quantidades suficientes para garantir, durante um mês, o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade adulta. Os bens e quantidades estipuladas foram diferenciados por região, de acordo com os hábitos alimentares locais.

O banco de dados da PNCBA apresenta os preços médios, o valor do conjunto dos produtos e a jornada de trabalho que um trabalhador precisa cumprir, em todas as capitais, para adquirir a cesta. Os dados permitem a todos os segmentos da sociedade conhecer, estudar e refletir sobre o valor da alimentação básica no país.

Fonte: DIEESE

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