Falta de assistentes educacionais inclusivos nas escolas municipais de Campo Grande gera cobrança de pais na Câmara

Falta de assistentes educacionais inclusivos nas escolas municipais de Campo Grande gera cobrança de pais na Câmara

A falta de assistentes educacionais inclusivos (AEIs) na Rede Municipal de Educação de Campo Grande voltou a ser debatido mais uma vez na tribuna da Câmara, na sessão desta terça-feira (27). Os pais estão procurando os vereadores para reclamar que os filhos estão perdendo aula, enquanto a Secretaria Municipal de Educação (Semed) não contrata os profissionais.

“Essa situação da educação especial não tem nada de especial. Está muito difícil para as famílias. As famílias não estão tendo a resposta da Semed que está dizendo assim: vai com teu filho assim: espera em casa, quando tivermos o professor, a gente chama você”, afirmou o vereador Papy (SOLIDARIEDADE).

Segundo Papy, que é um dos vereadores que defende a bandeira das pessoas com deficiência, ressaltou que a mãe tem de deixar de trabalhar para cuidar da criança autista, com Síndrome de Down, paralisia cerebral, ou outras várias deficiências.

“A mãe tem que levar para casa, então não pode mais trabalhar, esperando que a Semed contrate um professor. Nisso, ela perde o ano letivo, essa criança perde todo o desenvolvimento alcançado com o antigo profissional, ou seja, tem um retrocesso de aprendizagem dessa criança da educação especial”, explicou o vereador do Solidariedade.

O assunto foi iniciado pelo vereador Betinho (Republicanos) que recebeu a reclamação de uma mãe, após ter sido informada de que o filho que estuda na Escola Municipal Licurgo de Oliveira Bastos terá de ficar em casa por 15 dias, por falta de AEI.

“Essa criança aqui vai ficar duas semanas sem aula. Então, a gente pediria à prefeita, à secretária de Educação de Campo Grande para que olhassem com carinho para essa pauta que tem sido debatida aqui nessa casa”, disse Betinho.       Professor Juari (PSDB) também pediu o uso da palavra porque já propôs uma audiência para discutir sobre a questão, quando o município trocou os Professores de Apoio Pedagógico (APIs) pelos AEIs, em 2020.

“A questão da educação inclusiva de Campo Grande é grande e complexa e está na UTI. Isso é fato. Eu não posso dizer que os AEIs não têm competência. Eles não têm é motivação”, pontuou o vereador tucano. De acordo com Juari, antes eram 800 APIs na Reme e, atualmente, são 150.

“Então a gente clama aqui. Para isso eu faço coro com o vereador Betinho para que eles solucionem urgentemente essa situação da educação especial”, finalizou Papy.

(Assessoria de Imprensa do Vereador – Foto: Glenda Gabi/PMCG)

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