Greve nos Correios continua e completa 24 dias; TST marca audiência de conciliação para sexta (11)

Greve nos Correios continua e completa 24 dias; TST marca audiência de conciliação para sexta (11)

A greve dos trabalhadores dos Correios, completa 24 dias nesta quinta-feira (10) e continua em nível nacional. Os funcionários dos Correios cobram o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho assinado pela direção da empresa e homologado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) no ano passado, com validade de dois anos.

Frente ao alcance da greve a direção dos Correios entrou com pedido de julgamento da greve no TST e a vice-presidente do tribunal marcou uma audiência de conciliação por videoconferência para esta sexta-feira, 11 de setembro, às 15 horas.

Segundo a FINDECT (Federação Interestadual dos Trabalhadores dos Correios) “os trabalhadores seguem firmes na luta e mobilizados em defesa dos seus direitos e benefícios, já que na última reunião de conciliação, o TST apresentou uma proposta de manutenção na íntegra do atual Acordo Coletivo de Trabalho até o término da pandemia, porém foi rejeitado pela direção dos Correios, até lá os trabalhadores vão continuar de braços cruzados. É preciso continuar resistindo ao que a direção da ECT já anunciou que quer fazer, que é acabar com o Acordo Coletivo, tirar tudo, bater a carteira da categoria e cortar a renda mensal pele metade, além de enxugar e vender a empresa e entregar o serviço postal. A direção da empresa achou que a categoria não conseguiria fazer uma grande greve em meio à pandemia, com todas as dificuldades existentes de organização e mobilização. Mas errou. A greve veio, está na maior parte dos setores em todo o país, está nas redes sociais e nas ruas.”

Já para a outra entidade que representa os trabalhadores em nível nacional, a FENTECT, “a intenção é chegar a uma solução negociada para o conflito que está estabelecido desde o dia 17/08, com o início da greve dos trabalhadores por manutenção do seus direitos. A FENTECT desde o início se colocou a disposição para o diálogo e negociação, porém a política do general Floriano Peixoto de inflexibilidade e retirada de direitos não permitiu que chegássemos a um acordo. A GREVE continua forte e a FENTECT orienta os sindicatos e trabalhadores continuarem intensificando enquanto não tivermos uma proposta de manutenção dos nossos direitos apontada no horizonte. A FENTECT participará da reunião marcada pela ministra Kátia Arruda, com espírito de boa fé e disposição para negociação tendo como pilares centrais a manutenção de todos os direitos que a direção da ECT insiste em retirar.”

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