Marquinhos Trad se curvou ao lobby* dos pastores evangélicos?

Marquinhos Trad se curvou ao lobby* dos pastores evangélicos?

Muito grave o que aconteceu no domingo, 19, em Campo Grande. Em pleno surto do coronavírus, um grupo evangélico levou cerca de 3 mil pessoas, segundo estimativa da polícia, para um “ato religioso” nos altos da Afonso Pena. Não pediram autorização antes e expuseram os que foram, inclusive crianças e idosos sem máscaras. E o prefeito o que faz? Lamenta… Mas não colocou a Guarda Municipal para dispersar, nem pediu apoio à PM.

Os evangélicos, guiados por falsos profetas, estão fazendo o que querem e o prefeito se curva de forma vexatória. Se fosse algum outro grupo que se reunisse lá, uns sem tetos, favelados, ele certamente mandaria a guarda municipal imediatamente reprimir. Mas como foram seus correligionários evangélicos apenas “lamenta”. Marquinhos Trad se dobrou ao lobby da “fé”. Os mercadores do templo fazem o que querem e o prefeito faz “cara de paisagem”… O lobby dos “mercadores do templo” impera.

Em entrevista, o prefeito reconheceu que os organizadores do “evento” descumpriram normas de prefeitura. Mas alguém vai tomar alguma atitude? O Ministério Público? A Justiça? Se fosse uma manifestação de cunho reivindicatório ou social, já tinha aparecido na hora um juiz para interditar e multar, e o prefeito mandaria rápido a guarda municipal dispersar. O prefeito – desmoralizado na sua autoridade – vai responsabilizar judicialmente os responsáveis por isso? Ou vai baixar a cabeça para os pastores em troca de votos para a reeleição?

*Lobby: atividade de pressão de um grupo organizado sobre políticos e poderes públicos, que visa exercer sobre estes influência para que atendam os seus interesses.

 

Foto: site da Prefeitura de Campo Grande/Diogo Alves

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