Servidores administrativos do Ministério do Trabalho encerram greve após negociação com ministro
Categoria aprovou a suspensão da greve com retorno ao trabalho já nesta sexta-feira, 27 de maio
Os servidores administrativos do Ministério do Trabalho e Previdência, decidiram ontem pela suspensão da greve. No Mato Grosso do Sul estavam parados servidores da Superintendência Regional do Trabalho de Campo Grande e da Gerência Regional do Trabalho de Dourados, que retornam às atividades hoje.
De acordo com o Sintsep/MS, o fim da greve ocorre após compromisso firmado pelo Ministro José Carlos Oliveira com a Comissão Nacional de Negociação e as entidades nacionais (Condsef e Fenasps) de Instituir Grupo Permanente de Discussão das Condições de Trabalho, autorizar um Termo de Acordo para compensação de horas não trabalhadas devido à greve e discutir o Plano de Carreira dos servidores com a Comissão Nacional de Negociação, para posterior encaminhamento à Casa Civil e ao Ministério da Economia. Esses encaminhamentos estavam atrelados à suspensão da greve em nível nacional.
Para o sindicato, diante de todas as adversidades enfrentadas, avançar nas negociações nos termos apontados foi uma vitória e a Comissão de Negociação dos servidores segue em Brasília aguardando o início imediato dos trabalhos como foi proposto pelo ministro para negociação da pauta específica apresentada pela categoria.
31 de maio: mobilização dos servidores em Brasília pelo reajuste
Na próxima terça, 31, servidores do Ministério do Trabalho e Previdência devem se juntar a servidores de outras carreiras em caravanas que virão a Brasília para pressionar o governo Bolsonaro a instalar um processo de negociações efetivo que discuta a reivindicação central de reposição salarial emergencial de 19,99% para o conjunto do funcionalismo.
Para entidades representativas dos servidores públicos só não terá reposição salarial se Bolsonaro não quiser. Na Lei Orçamentária, foram destinados R$ 37,6 bilhões para emendas parlamentares, dos quais R$ 16,5 bilhões são do “orçamento secreto”, além de R$ 2 trilhões para pagar os juros da dívida pública.
“Não há nada oficializado. O governo precisa parar de enviar recados e abrir um canal efetivo de negociações com a categoria”, pondera Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef/Fenadsef. “Só na luta e na pressão vamos arrancar recursos que governo está escondendo”, reforça.
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