Em sua primeira nomeação de reitor de universidade, governo Bolsonaro não dará posse ao mais votado
A indicação do novo reitor da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), que deve ser o segundo mais votado na eleição interna da universidade, sinaliza que o governo Bolsonaro não mais respeitará a ordem de votação, nomeando o mais votado.
De acordo com a lei, cabe ao presidente indicar o reitor a partir de uma lista tríplice enviada pelas universidades. Porém, desde o governo Lula, a prática vinha sendo a de indicar o primeiro colocado da lista e conduzi-lo ao cargo de reitor. Seguindo o mesmo conceito, Lula e Dilma nomearam os chefes do Ministério Público, reitores e outras autoridades levando em conta a ordem das listas saídas das eleições internas de cada instituição, com o argumento de que a escolha do primeiro colocado atenderia uma lógica mais democrática.
Segundo matéria da Folha de São Paulo, será “a primeira vez em quinze anos que um candidato que encabeça a lista tríplice não é nomeado reitor. Desde o governo Lula a tradição tem sido a escolha do primeiro”. Bolsonaro deve indicar 11 reitores ao longo do seu mandato.
Respeitem a Democracia na UFTM
Na quinta-feira, 24, foi realizado o ato “Respeitem a Democracia”, em frente à Reitoria da Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM. A manifestação aconteceu após a divulgação da minuta do decreto do governo. Segundo os manifestantes, a maioria ao comunidade da UTMS quer respeito à autonomia da universidade e à democracia interna da instituição, com a indicação do candidato mais votado na consulta que foi o professor de Filosofia e Ciências Sociais Fábio Fonseca.
Veja aqui nota pública do SindTtae. (Sindicato do Trabalhadores e Técnicos Administrativos em Educação da Universidade Federal do Triângulo Mineiro)
Fontes: SINDTTAE-UFTM / FASUBRA