Vendas do varejo ampliado crescem 4,9% em MS no mês de julho, maior aumento do país

Vendas do varejo ampliado crescem 4,9% em MS no mês de julho, maior aumento do país

No Brasil, comércio varejista ampliado cresceu 0,7% em julho de 2019

  Os números divulgados pelo IBGE nesta quarta, 11, trouxeram números positivos para Mato Grosso do Sul, que teve uma aumento no comércio varejista ampliado de 4,9% no mês de julho sobre junho de 2019.

  O comércio varejista ampliado inclui, além dos produtos “tradicionais” do varejo como alimentação e vestuário, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção.

  As vendas no varejo (não ampliado) cresceram 1,0% em julho de 2019 na comparação com o mês anterior (série com ajuste sazonal). É o terceiro resultado positivo seguido nesse tipo de comparação, o que representa um acréscimo de 1,6% no período. Com esse resultado, o setor varejista recupera o patamar de vendas próximo a junho de 2015, mas ainda se encontra 5,3% abaixo do nível recorde alcançado em outubro de 2014. Com isso, a média móvel do trimestre encerrada em julho (0,5%) mostrou aceleração no ritmo das vendas, quando comparada ao trimestre encerrado em junho (0,1%).

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Julho / Junho* 1,0 1,0 0,7 0,3
Média móvel trimestral* 0,5 0,6 0,5 0,6
Julho 2019 / Julho 2018 4,3 6,7 7,6 9,5
Acumulado 2019 1,2 4,9 3,8 6,8
Acumulado 12 meses 1,6 5,4 4,1 7,2
*Série COM ajuste sazonal
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria  

  Ao registrar crescimento de 4,3% na comparação entre julho de 2019 e o mesmo mês do ano anterior, as vendas no varejo tiveram o quarto avanço consecutivo, a maior taxa desde novembro de 2018 (4,5%). Assim, o indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 1,2% até junho para 1,6% até julho, sinaliza ganho de ritmo no varejo.

  Já no varejo ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, o volume de vendas cresceu 0,7% em relação a junho de 2019, quinta expansão seguida, acumulando 3,0% de ganho nesse período. Isso contribuiu para que que a média móvel do trimestre encerrado em julho (0,5%), tenha mantido o ritmo do trimestre encerrado em junho (0,4%).

  Frente a julho de 2018, o comércio varejista ampliado avançou 7,6%, quarta taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 3,8% de janeiro a julho de 2019. O indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 3,7% em junho para 4,1% em julho, também mostrou ganho de ritmo nessa comparação.

Sete das oito atividades pesquisadas cresceram em julho

  Sete das oito atividades pesquisadas pela PMC tiveram resultados positivos em julho, contribuindo para a composição da taxa de 1,0% do comércio varejista. As principais pressões positivas foram exercidas por Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,3%), setor de maior peso, Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,2%) e Móveis e eletrodomésticos (1,6%).

  Ainda apresentando taxas positivas, na passagem de junho para julho de 2019, figuram: Tecidos, vestuário e calçados (1,3%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,7%), Combustíveis e lubrificantes (0,5%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (1,8%).

  Apenas o segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,6%) teve queda em julho.

  Considerando o varejo ampliado, o volume de vendas em julho cresceu 0,7% em relação a junho de 2019, na série com ajuste sazonal. Esse resultado sofreu a pressão negativa vinda de Veículos, motos, partes e peças, com recuo de 0,9%, após avanço de 3,5% no mês anterior, enquanto Material de construção pressionou positivamente, com avanço de 1,1%.

  Em julho de 2019, frente a igual mês do ano anterior, o comércio varejista avançou 4,3% com predomínio de taxas positivas alcançando seis das oito atividades. Os principais destaques positivos foram Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,9%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,1%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,5%) e Móveis e eletrodomésticos (7,4%). Ainda com aumento nas vendas frente a julho de 2018, encontram-se Tecidos, vestuário e calçados (6,6%) e Combustíveis e lubrificantes (5,0%).

  Pressionando negativamente o resultado de julho de 2019 seguem os setores de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,2%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-18,5%).

  Com avanço de 7,6% frente a julho de 2018, o varejo ampliado registrou a quarta taxa positiva. O resultado refletiu, principalmente, a contribuição vinda do desempenho de Veículos, motos, partes e peças (17,1%), seguido por Material de construção (7,9%).

BRASIL – INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES:
Julho 2019
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
MAI JUN JUL MAI JUN JUL NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) 0,1 0,5 1,0 1,0 0,1 4,3 1,2 1,6
1 – Combustíveis e lubrificantes -0,8 1,1 0,5 1,7 4,4 5,0 1,2 -0,6
2 – Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo 2,0 0,1 1,3 -1,1 0,8 1,9 0,0 1,1
       2.1 – Super e hipermercados 1,1 0,0 1,1 -0,9 0,9 2,3 0,5 1,5
3 – Tecidos, vest. e calçados 2,4 1,5 1,3 -1,2 -1,6 6,6 0,4 1,3
4 – Móveis e eletrodomésticos -0,1 -0,5 1,6 5,8 -6,6 7,4 0,1 -0,9
5 – Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria 1,0 0,3 0,7 7,9 5,0 8,5 6,5 6,4
6 – Livros, jornais, rev. e papelaria 0,8 -0,8 1,8 -16,6 -26,2 -18,5 -26,0 -25,2
7 – Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação 1,1 -2,6 -1,6 1,4 -8,8 -2,2 -0,4 0,4
8 – Outros arts. de uso pessoal e doméstico -1,2 0,5 2,2 2,3 -0,8 8,1 4,9 6,3
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) 0,6 0,2 0,7 7,0 2,0 7,6 3,8 4,1
9 – Veículos e motos, partes e peças -0,3 3,5 -0,9 25,0 9,9 17,1 11,9 12,5
10- Material de construção -2,0 -0,7 1,1 11,8 -3,3 7,9 4,4 3,6
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de indústria
(1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.  (3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10        

  Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,9%) teve a segunda taxa positiva consecutiva na comparação com julho de 2018, mostrando ganho de ritmo em relação a de junho (0,8%). O segmento exerceu o maior impacto positivo na formação da taxa global do varejo. O desempenho da atividade vem sendo sustentado pelo aumento da massa de rendimento real habitualmente recebida. O indicador acumulado nos últimos 12 meses mostrou estabilidade ao passar de 1,0 % até junho para 1,1% em julho.

  O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,1%), que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc., exerceu a maior contribuição ao resultado geral do varejo. Com isso, o indicador acumulado nos últimos 12 meses em julho, com taxa de 6,3%, mostrou ganho de ritmo em relação a junho (6,0%).

  A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (8,5%) exerceu a segunda maior influência na taxa do varejo. O indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 6,1% até junho para 6,4% em julho, mostrou ganho de ritmo.

  O segmento de Móveis e eletrodomésticos (7,4%) registrou a taxa mais elevada para o setor desde dezembro de 2017 (8,3%) e exerceu o terceiro impacto positivo na formação da taxa total do comércio varejista. A melhora nas condições de crédito à pessoa física e a base baixa de comparação foram fatores que contribuíram para o desempenho de julho. Com isso, o indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de -2,1% até junho para -0,9% em julho, mostrou redução no ritmo de queda.

  O setor de Tecidos, vestuário e calçados (6,6%) respondeu pela quarta maior contribuição positiva. O resultado de julho interrompeu sequência de quatro taxas negativas seguidas nessa comparação. Com isso, o indicador acumulando nos últimos 12 meses, estável até junho (0,0%), teve aumento de ritmo, com ganho de 1,3% em julho.

  O setor de Combustíveis e lubrificantes (5,0%) registrou o terceiro resultado positivo seguido nessa comparação e o mais acentuado desde fevereiro de 2014 (14,0%). A redução dos preços de combustíveis vem influenciando positivamente o desempenho do setor. Com isso, o indicador acumulado nos últimos 12 meses (-0,6%), embora tenha permanecido no campo negativo, mostrou redução no ritmo de queda, quando comparado ao acumulado até junho (-1,8%), permanecendo em trajetória ascendente desde maio de 2019 (-3,1%).

  Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,2%) teve o segundo recuo seguido nessa comparacão. Ainda assim, o indicador acumulado nos últimos 12 meses (0,4%) permanece praticamente estável em relação a junho (0,3%).

  A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria (-18,5%) teve a 24ª queda consecutiva nesse tipo de comparação. O comportamento negativo da atividade vem sendo influenciado pelo fechamento de lojas físicas, refletindo alterações no canal de comercialização, além de mudanças no comportamento do consumidor, do advento dos marketplaces e do modelo de negócio das grandes livrarias. Com isso, o indicador anualizado,acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de -24,6% para -25,2%, acentua a trajetória descendente iniciada em fevereiro 2018 (-3,6%).

  O setor de Veículos, motos, partes e peças (17,1%) assinalou a quarta taxa positiva seguida, a maior contribuição no resultado do mês para o varejo ampliado. Esse setor mostrou ritmo mais acentuado nas vendas frente a junho (9,9%). O indicador acumulado nos últimos 12 meses (12,5%) ficou estável em relação ao resultado até junho (12,4%).

  Material de Construção (7,9%) reverte a queda de 3,3% registrada em junho de 2019. Com isso, o indicador acumulado nos últimos 12 meses (3,6%) mostrou ganho de ritmo em comparação ao resultado de junho (3,1%).

  Varejo avança 1,2% até julho 2019

  No índice acumulado janeiro-julho de 2019, frente a igual período do ano anterior, o volume de vendas do comércio varejista registrou avanço de 1,2%, mostrando uma acentuação no ritmo das vendas, frente ao acumulado até junho (0,6%). Esse ganho de ritmo entre junho e julho foi observado em todas as atividades, exceto em Equipamentos e material de escritório, informática e comunicação.

  Dentre as que mostraram aumento de ritmo de vendas, os destaques foram para Móveis e eletrodomésticos (de -1,1% para 0,1%) e Tecidos, vestuário e calçados (de -0,6% para 0,4%). Mesmo movimento também foi observado no comércio varejista ampliado, que registrou 3,2% de ganho no acumulado até junho, e passa a taxa de 3,8 acumulada até julho, influenciado positivamente tanto por Veículos, motos, partes e peças (de 10,9% para 11,9%), quanto por Material de construção (de 3,8% para 4,4%).

BRASIL – INDICADORES DA RECEITA NOMINAL DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES:
Julho 2019
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
MAI JUN JUL MAI JUN JUL NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) 0,8 0,1 1,0 5,8 2,8 6,7 4,9 5,4
1 – Combustíveis e lubrificantes 3,5 -0,7 -1,4 6,6 1,8 1,5 2,3 5,6
2 – Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo 1,3 0,6 0,9 5,8 4,7 6,1 5,9 6,1
       2.1 – Super e hipermercados 1,4 0,5 0,9 5,9 4,8 6,2 6,1 6,3
3 – Tecidos, vest. e calçados 2,1 1,9 1,0 -1,4 -1,0 7,5 1,0 1,9
4 – Móveis e eletrodomésticos 0,0 -0,4 1,2 10,5 -2,8 11,8 4,3 2,1
5 – Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria 0,9 1,1 0,6 10,0 7,3 10,8 8,1 8,0
6 – Livros, jornais, rev. e papelaria 0,0 -1,3 2,1 -12,4 -22,1 -13,5 -22,2 -21,6
7 – Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação 0,9 -4,4 -1,7 5,3 -7,2 -1,0 1,9 0,9
8 – Outros arts. de uso pessoal e doméstico -1,2 -0,2 3,3 4,2 0,9 9,6 6,4 7,6
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) 1,2 0,4 0,3 10,5 4,2 9,5 6,8 7,2
9 – Veículos e motos, partes e peças 0,7 1,1 -0,5 25,9 10,6 17,8 12,7 13,4
10- Material de construção -1,9 -0,5 1,0 17,1 0,9 11,9 8,7 7,7
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria        (1) Séries com ajuste sazonal.         

Vendas avançam em 19 das 27 unidades da federação

  Na comparação com junho de 2019, o varejo teve resultados positivos em 19 das 27 unidades da federação, com destaque para Mato Grosso (5,4%), Rio de Janeiro (2,7%) e Bahia (2,4%). Por outro lado, pressionando negativamente, os destaques foram Amazonas (-1,9%), Roraima (-1,6%), Ceará (-1,5%), enquanto Goiás e Pará (ambos com 0,0%) mostraram estabilidade nas vendas em relação a junho de 2019.

  Para essa mesma comparação, no comércio varejista ampliado, a variação entre junho e julho foi de 0,7%, com predominância de taxa negativas em 15 das 27 Unidades da Federação. Dentre os estados que mostraram avanço nas vendas, entre junho e julho, o destaque foi para Mato Grosso do Sul (4,9%), por outro lado, dentre os estados que mostraram recuo, o destaque foi para o Ceará (-2,7%).

  Frente a julho de 2018, taxas positivas alcançaram 24 das 27 unidades da federação, com destaque, em termos de magnitude de taxa, para o Amapá (24,2%), Amazonas (17,9%) e Acre (15,4%). Por outro lado, com recuo nas vendas frente a julho de 2018, destaca-se: Piauí (-15,3%). Quanto à participação na composição da taxa do varejo, destacaram-se: São Paulo (2,9%), Minas Gerais (8,7%) e Rio Grande do Sul (8,5%).

  Considerando o comércio varejista ampliado, no confronto com julho de 2018, a expansão foi de 7,6 %, com 25 das 27 unidades da federação apresentando variações positivas, com destaque, em termos de magnitude de taxa, para Amapá (27,4%), Santa Catarina (14,6%) e Amazonas (12,4%). Por outro lado, Piauí (-8,8%) apresentou a maior variação negativa. Quanto à participação na composição da taxa do varejo ampliado, destacaram-se São Paulo (8,1%), Santa Catarina (14,6%), seguido por Rio de Janeiro (9,2%).

 

Fonte: IBGE / Foto: EBC (Empresa Brasil de Comunicação)

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