Bolsonaro nomeia coronel da PM para a presidência da Fundação Nacional de Saúde; PSD, partido do “Centrão”, se aproxima mais do governo
Foi publicada nesta sexta-feira, 29, no Diário Oficial da União, a nomeação do novo presidente da FUNASA (Fundação Nacional de Saúde). Trata-se do coronel PM e comandante da Polícia Militar de Minas Gerais, Giovanne Gomes da Silva.
Além da mudança na presidência da FUNASA, outra alteração na estrutura da Saúde foi a nomeação do segundo-tenente do Exército Vilson Roberto Ortiz Grzechoczinski como coordenador distrital de Saúde Indígena, no Distrito Sanitário Especial Indígena Potiguara (na Paraíba) da Secretaria Especial de Saúde Indígena. Ele substitui Helena Aguiar Rodrigues.
A indicação é de Gionanne para a FUNASA, vem num momento de crescente aproximação de Bolsonaro com o PSD (Partido Social Democrático), sigla presidida por Gilberto Kassab, e um dos partidos que compõe o chamado “Centrão” no Congresso Nacional. A FUNASA tem um orçamento previsto de R$ 2,3 bilhões para 2020.
Nessa rota de aproximação do governo, o centrão tem emplacado cargos no governo federal. Um dos mais recentes foi a recondução de Carlos Marun para o Conselho da Itaipu Binacional. Marun é ex-deputado federal por MS e membro do grupo do ex-governador André Puccinelli, e conhecido defensor de Eduardo Cunha. Outro conhecido membro do “Centrão” que passou a defender ardorosamente o governo Bolsonaro é o presidente do PTB, Roberto Jefferson, envolvido, condenado e preso por envolvimento no caso “Mensalão”.
Militarização do Serviço Público
As nomeações seguem em linha com a crescente militarização dos cargos na Saúde após a saída de Luiz Henrique Mandetta e NelsonTeich do Ministério da Saúde, que tem agora à frente o general Eduardo Pazuello que nomeou dezenas de militares para os cargos comissionados no ministério.
O governo divulgou também um edital de concurso para preenchimento de vagas no INSS dando vantagem na pontuação para militares da reserva, gerando questionamentos quanto ao favorecimento de um segmento e falta de isonomia no concurso, deixando os concorrentes civis em desvantagem.
(Foto: reprodução AOPMBM)
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