Negligência ao distanciamento social favorece aumento de casos de Covid-19 em MS
Apesar do conjunto de esforços adotados pelo Governo do Estado no enfrentamento ao novo coronavírus, Mato Grosso do Sul segue numa curva ascendente de novos casos da Covid-19. Embora a afirmação pareça repetida, os mais de 2,4 mil infectados e 22 vidas perdidas, são retrato da negligencia ao distanciamento social.
Os medidores que mapeiam diariamente o isolamento social no Brasil, mostram que Mato Grosso do Sul teve uma segunda-feira (8.6) movimentada com apenas 35,1% da população seguindo as orientações de recolhimento. O agravante é que esse índice entre 25% e 35%, se iguala ao da população que já permanecia em casa antes da pandemia estourar.
Não muito diferente do índice estadual, Campo Grande fechou a segunda-feira com taxa de isolamento em 34,3% e ocupando o penúltimo lugar no ranking das capitais brasileiras. Entre as regiões mais movimentadas da cidade figuram: Jardim Noroeste (22,1%), Tiradentes (22,2%), Chácara do Lageado (22,2%), São Francisco (23,9%) e Portal da Lagoa (24,1%).
Nas últimas semanas Dourados se tornou o epicentro da doença no MS com quase 700 positivos em poucos dias. O histórico dos últimos dois meses mostra que as taxas de isolamento social mapeadas na cidade, não tem atingido nem 50% de segunda à sábado. Aos domingos, os indicadores mostram recolhimento entre 45,9% e 53,2%.
Histórico de isolamento social dos últimos dois meses em Dourados
Nos demais municípios sul-mato-grossenses a adesão do distanciamento social registrou taxas entre 19,6% e 58,7%. Confira aqui a lista completa de cidades mapeadas pela In Loco nesta segunda-feira.
Ao anunciar 131 novos testes positivos para a doença nas últimas 24 horas, o secretário de saúde, Geraldo Resende voltou a pedir maior participação da sociedade nos cuidados necessários para desacelerar o contágio e reduzir o número de pessoas infectadas ao mesmo tempo, prevenindo uma possível superlotação do sistema de saúde. “Uso de máscara, higiene e isolamento social para que possamos ainda ser o estado com menores taxas, de casos, mortes e ocupação de leitos. Priorizem a vida”, reforçou.
Fonte: Secretaria de Saúde/MS