Compra da cesta básica em Campo Grande custou 61% do salário mínimo em janeiro; veja pesquisa do Dieese
Pesquisa mostra que a cesta básica em Campo Grande custou R$ 743,09 em janeiro, com leve queda de 0,15% sobre dezembro de 2022. Nos últimos doze meses, a cesta aumentou 12,57% na capital de Mato Grosso do Sul.
O valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 11 das 17 capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.
CAMPO GRANDE – NÚMEROS DE JANEIRO
• Valor da cesta: R$ 743,09
• Valor da cesta básica para uma família, composta por quatro pessoas: R$ 2.229,27.
• Variação mensal: –0,15%.
• Variação no ano: (–0,15%).
• Variação em 12 meses: 12,57%.
• Pelo terceiro mês consecutivo, a banana (–6,55%) apresentou a retração mais
expressiva entre os 13 itens pesquisados. No primeiro mês do ano de 2023, a fruta foi
comercializada ao preço de R$ 12,11 o quilo. Ao preço de R$ 9,62 em Janeiro de 2022,
a variação acumulada é de 25,89%.
• Outros alimentos a apresentar queda nos preços foram o tomate (–4,93%), o leite
de caixinha (–3,77%) – que apesar de ter completado 6 meses de retração, apresentou
alta de 22,75% em um ano, o óleo de soja (–2,11%), o açúcar cristal (–1,02%), o
café em pó (–0,17%) e a carne bovina (–0,15%).
• Revertendo a baixa registrada em Dezembro, a batata (21,36%) registrou a maior
variação na cesta, com preço médio de R$ 6,59 o quilo. No mesmo mês de 2022,
o preço do tubérculo era de R$ 3,74.
• Os preços de manteiga (0,02%), arroz agulhinha (4,36%) e o feijão carioquinha
(6,30%) também variaram positivamente. No intervalo de um ano, a farinha de
trigo (0,40%) e o pão francês (1,07%) somam altas de 30,59% e 22,61%,
respectivamente.
• A jornada de trabalho necessária para comprar uma cesta básica em Campo Grande em Janeiro
foi de 125 horas e 34 minutos – contra 119 horas e 49 minutos no mesmo mês de 2022.
• O comprometimento do salário mínimo líquido na aquisição de uma cesta básica
chegou a 61,70%. Em Dezembro de 2022, o percentual atingiu 66,38%.
Altas da Cesta Básica no Brasil
Entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, os maiores percentuais de alta foram registrados nas cidades do Nordeste: Recife (7,61%), João Pessoa (6,80%), Aracaju (6,57%) e Natal (6,47%).
Já as reduções mais importantes ocorreram nas capitais do Sul: Curitiba (–0,50%), Porto Alegre (–1,08%) e Florianópolis (–1,11%). São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 790,57), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 770,19), Florianópolis (R$ 760,65) e Porto Alegre (R$ 757,33). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das demais localidades, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 555,28), Salvador (R$ 594,83) e João Pessoa (R$ 600,06).
A comparação dos valores da cesta, entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023, mostrou que todas as capitais tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 7,19%, em Vitória, e 16,11%, em Belém.
Com base na cesta mais cara, que, em janeiro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em janeiro de 2023, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.641,58, ou 5,10 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.302,00. Em dezembro de 2022, quando o salário mínimo era de R$ 1.212,00, o valor necessário era de R$ 6.647,63 e correspondeu a 5,48 vezes o piso mínimo. Em janeiro de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 5.997,14, ou 4,95 vezes o piso em vigor.
Cesta x salário mínimo
Em janeiro de 2023, mesmo com o aumento de 7,43% no salário mínimo, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 116 horas e 22 minutos. Em dezembro de 2022, antes do reajuste, a jornada média seria de 122 horas e 32 minutos e em janeiro de 2022, de 112 horas e 20 minutos.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica–se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em janeiro de 2023, 57,18% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos. Em dezembro de 2022, com o salário mínimo em R$ 1.212,00, o trabalhador precisou usar 60,22% da renda líquida. Em janeiro de 2022, o percentual ficou em 55,20%.
(Fonte: Dieese / Foto: Agência Brasil)
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