Concentração em defesa da aposentadoria, da previdência social e do Ministério do Trabalho acontece nesta quinta, 22, em Campo Grande

Concentração em defesa da aposentadoria, da previdência social e do Ministério do Trabalho acontece nesta quinta, 22, em Campo Grande

    Nesta quinta, 22 de novembro, acontece o dia nacional de mobilização em defesa da previdência social, contra mudanças nas regras que prejudicam a aposentadoria e pela manutenção do Ministério do Trabalho.  Em Campo Grande a concentração terá início às 9 horas, em frente à Superintendência Regional do Ministério do Trabalho, na rua 13 maio (quase esquina com a Av. Mato Grosso). A concentração está sendo convocada pelas centrais sindicais, sindicatos, trabalhadores rurais e movimentos sociais que defendem a Previdência.

    Segundo Anita Borba, da direção do SINTSPREV-MS, sindicato que representa tanto os trabalhadores do Ministério do Trabalho quanto da Previdência Social, uma vez passada a eleição é preciso que os trabalhadores fiquem alertas. “A previdência é um patrimônio do trabalhador e a razão dos ministérios do Trabalho e da Previdência existirem são os trabalhadores, que contribuem financeiramente todo mês para a manutenção da Previdência e outros direitos assegurados em lei.  E a reforma da previdência atinge a todos, tanto os servidores do órgão como os trabalhadores da ativa e aposentados”

   Previdência não tem déficit, tem sonegação

   As entidades contestam também a afirmação de que a Previdência Social é deficitária pois recursos arrecadados são desviados da sua finalidade e existe também a sonegação fiscal, com grandes empresas e bancos devendo bilhões ao INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).

   Segundo Anita por trás da reforma da previdência, que inclui a proposta de capitalização individual (uma espécie de poupança para a aposentadoria), existem os interesses dos bancos, do sistema financeiro, que desejam gerir esses recursos bilionários através da previdência privada.

   Esvaziamento do Ministério do Trabalho prejudica a população

  A proposta do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de extinguir o Ministério do Trabalho pegou os servidores do órgão de surpresa. “Os trabalhadores já estão fragilizados pela reforma trabalhista, onde mais de cem itens foram modificados em prejuízo dos assalariados,  e com a extinção do ministério do Trabalho fica ainda mais”, diz Anita. O órgão é responsável, entre outras funções, pela fiscalização das condições de trabalho e cumprimento da legislação.

   Outro sindicato que apóia a realização da concentração é SINTECT-MS (sindicato dos trabalhadores dos Correios). Segundo Elaine Oliveira, presidente da entidade, a reforma trabalhista e da previdência prejudica tanto os trabalhadores públicos e da iniciativa privada. “Esses ataques aos direitos trabalhistas e previdenciários atinge a todos. O objetivo é retirar direitos adquiridos em anos de lutas e também dificultar a aposentadoria. As eleições passaram, mas as armações no congresso e no governo continuam para aprovarem ainda mais medidas que nos prejudicam. Por isso devemos ficar atentos e mobilizados para barrar esses planos de Temer neste final de mandato”, afirma.

   FETEMS e ACP: trabalhadores da Educação também participam da concentração

 

Entre as entidades que estão mobilizando para o ato estão a FETEMS e a ACP (federação e sindicato que representam os trabalhadores da Educação de MS e Campo Grande). Para o presidente da FETEMS, Jaime Teixeira, os professores e administrativos da Educação também serão prejudicados com as reformas trabalhista e da previdência, além de enfrentarem um ataque contra à categoria. “Estão querendo transformar os professores em vilões”, diz, referindo-se à “Lei da Mordaça”.

   Já o presidente da ACP, Lucílio Nobre, afirma que a entidade está mobilizando os professores da capital para a concentração, pois os temas incluem os trabalhadores da Educação e os ataques atingem todos os trabalhadores.

   As centrais sindicais, como a CUT, CTB, Força Sindical e Conlutas, também apóiam a realização da concentração, pois todas são contra as “mudanças” que prejudicam os trabalhadores.

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