Coordenador da Funai em MS é demitido logo após reassumir; ato foi retaliação de Bolsonaro à senadora Soraya Thronicke (PSL)   

Coordenador da Funai em MS é demitido logo após reassumir; ato foi retaliação de Bolsonaro à senadora Soraya Thronicke (PSL)  

O coordenador da Fundação Nacional do Índio (Funai) em MS, José Magalhães Filho, foi exonerado do cargo logo após ter reassumido a função na última quinta-feira, dia 20. O retorno de Magalhães à Funai/MS foi rápido e sua exoneração é tida como retaliação do presidente Jair Bolsonaro à senadora Soraya Thronicke (PSL/MS) por conta do voto dela a favor da derrubada do veto presidencial no projeto que permitia reajuste salarial do funcionalismo federal na linha de frente do combate à covid.

“Zé do Megafone” – A nomeação de Magalhães para a Funai foi polêmica e gerou até ação judicial dos indígenas, que resultou no seu afastamento do cargo por decisão judicial. Capitão reformado do Exército, ele ficou conhecido em Campo Grande como figura folclórica por estar presente em lugares públicos com um megafone e pregando seu lema: “Não Reeleja, Passe a Régua”.  Num ato contra o reajuste dos salários dos vereadores da capital de MS chegou a quebrar ovos em si mesmo, como protesto. Ele foi candidato pelo PSL nas últimas eleições a deputado estadual.

Sua posse na coordenação da Funai de Campo Grande, foi marcada por declarações que geraram protesto do movimento indigenista. Na época, Magalhães afirmou que “a Funai não é casa do índio” e o seu entendimento de integração indígena na sociedade consistiria em colocar “indiozinhos” em escolas das cidades para namorar “um pretinho, um branquinho” e, dessa forma, promover o que a seu ver é a “integração” dos indígenas à sociedade.

Foto: reprodução Facebook

Veja mais sobre o primeiro afastamento de Magalhães da Funai/Campo Grande: 

Liminar da Justiça Federal suspende nomeação do capitão Magalhães, o Zé do Megafone, na coordenação da Funai em Campo Grande (MS)

 

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