Correios: ECT fechará mais três agências em MS

 A direção dos Correios anunciou mais uma lista de fechamento de agências em todo país. Desta vez foi informado que serão desativadas 161 agências, sendo três em Mato Grosso do Sul. São duas agências em Campo Grande, sendo uma localizada no supermercado Comper Tamandaré/Euler e a outra no Shopping Campo Grande, na avenida Afonso Pena. No interior será desativada a agência localizada na Unigran, em Dourados.

 A presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso do Sul, Elaine Oliveira, afirma que esta nova lista é uma continuidade de fechamentos que já vem ocorrendo, sendo que o sindicato vem denunciando esse procedimento dos Correios que está prejudicando diversas comunidades, como a de Quebra Côco no município de Sidrolândia, cuja agência já foi fechada deixando aquele distrito sem os serviços de encomendas, correspondências e correspondente bancário (onde aposentados podiam receber e os moradores do distrito podiam pagar contas e realizar transferências bancárias). Chegaram a anunciar também o fechamento das agências nos distritos de Casa Verde (Nova Andradina) e Anhanduí (Campo Grande) mas a empresa recuou após a repercussão negativa junto à população e também no meio político.

 Em MS quatro agências foram fechadas em 2016, sendo duas em Campo Grande e mais duas interior (nos municípios de Dourados e Corumbá). Em Corumbá a ECT ficou com  apenas uma agência para atender um município cuja população já ultrapassa os 100 mil habitantes.

 Para o sindicato, o fechamento de inúmeras agências, inclusive diversas agências que são superavitárias, visa reduzir o espaço da estatal no mercado para favorecer empresas privadas, que por sua vez não querem assumir serviços em pequenas localidades, ou onde os Correios não são lucrativos.

 De acordo com o vice-presidente do sindicato, Adriano Teles, de Dourados, o fechamento da agência na Unigran é um equívoco e vai prejudicar a comunidade universitária e também a população do entorno que terão que se deslocar até o centro da cidade. Segundo Teles, existe um rumor de que uma empresa franqueada poderá ocupar o espaço antes da ECT, o que, caso se concretize, confirmará a tese de que o objetivo do fechamento das agências é favorecer o setor privado. “A unidade da ECT na Unigran é superavitária, tem demanda de serviço, tem muitos universitários que moram na região, tem a população do entorno, então para que fechar?”