Em outubro, setor de serviços varia 0,1% frente a setembro
Em outubro, o setor de serviços teve variação positiva de 0,1% frente ao mês anterior (série com ajuste sazonal). Em relação a outubro de 2017 (série sem ajuste sazonal), os serviços cresceram 1,5%. O acumulado no ano ficou em -0,2%. O acumulado em 12 meses mostrou o mesmo percentual (-0,2%), a quadragésima primeira taxa negativa seguida nessa comparação.
Indicadores da Pesquisa Mensal de Serviços Brasil – Outubro de 2018 |
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Período | Variação (%) | |
Volume | Receita Nominal | |
Outubro 18 / Setembro 18* | 0,1 | 0,0 |
Outubro 18 / Outubro 17 | 1,5 | 4,2 |
Acumulado Janeiro-Outubro | -0,2 | 2,5 |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | -0,2 | 2,9 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria *série com ajuste sazonal |
A variação de 0,1% de setembro para outubro foi acompanhada por duas das cinco atividades investigadas, com destaque para o ramo de outros serviços, que, ao avançar 5,5% nesse mês, recuperou-se da perda de 3,9% verificada em setembro e alcançou a taxa mais intensa desde maio de 2017 (8,5%). O outro resultado positivo veio de serviços de informação e comunicação (0,5%), que ao registrar a segunda taxa positiva seguida, acumulou um ganho de 1,1% nesse período.
Por outro lado, serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,9%) exerceram a influência negativa mais significativa do mês, cujo recuo de 2,9% no período setembro-outubro eliminou o avanço registrado em agosto (2,7%). Também mostraram taxas negativas em outubro: serviços prestados às famílias (-1,0%), cujo resultado devolveu parte do crescimento de 1,4% verificado em setembro; e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,2%), que registrou a segunda taxa negativa seguida, acumulando nesse período perda de 1,9%, recuo, porém, não suficiente para eliminar todo o crescimento de agosto (2,7%).
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral dos serviços variou 0,4% no trimestre encerrado em outubro de 2018 frente ao mês anterior, após recuar 0,3% no trimestre terminado em setembro. Entre os setores, o ramo de outros serviços (0,8%) teve a expansão mais intensa desse mês após recuar 2,0% em setembro. Os demais resultados positivos vieram de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio e de serviços de informação e comunicação, ambos assinalando variação positiva em outubro (0,2%). Por outro lado, serviços prestados às famílias (-0,1%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,1%) registraram as variações negativas nessa comparação, com ambos interrompendo trajetórias ascendentes, iniciadas, respectivamente, em junho e julho de 2018.
Em relação a outubro de 2017, o setor de serviços cresceu 1,5%, com avanço em quatro das cinco atividades e em 48,8% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, exerceram as principais contribuições positivas sobre o índice global: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,3%) – impulsionados, sobretudo, pelo aumento na receita oriunda de transporte rodoviário de carga, transporte aéreo de passageiros e operação de aeroportos – e os serviços de informação e comunicação (1,5%), influenciados principalmente pelo crescimento da receita nas áreas de consultoria em tecnologia da informação, portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet, tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e hospedagem na Internet e telecomunicações.
Pesquisa Mensal de Serviços Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação Outubro 2018 – Variação (%) |
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Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) | Mensal (2) | Acumulado no ano (3) | Últimos 12 meses (4) | ||||||||
AGO | SET | OUT | AGO | SET | OUT | JAN-AGO | JAN-SET | JAN-OUT | Até AGO | Até SET | Até OUT | |
Volume de Serviços – Brasil | 1,4 | -0,3 | 0,1 | 1,7 | 0,5 | 1,5 | -0,5 | -0,4 | -0,2 | -0,6 | -0,3 | -0,2 |
1. Serviços prestados às famílias | -0,7 | 1,4 | -1,0 | 4,9 | 0,5 | 2,0 | -0,9 | -0,8 | -0,5 | -0,4 | -0,7 | -0,6 |
1.1 Serviços de alojamento e alimentação | -0,9 | 1,3 | -1,0 | 6,2 | 1,1 | 2,2 | -0,1 | 0,0 | 0,2 | 0,3 | 0,0 | 0,1 |
1.2 Outros serviços prestados às famílias | 1,1 | 1,8 | -0,9 | -1,5 | -3,0 | 1,1 | -5,1 | -4,9 | -4,3 | -4,5 | -4,6 | -4,5 |
2. Serviços de informação e comunicação | -0,5 | 0,5 | 0,5 | -1,1 | 2,4 | 1,5 | -1,6 | -1,2 | -0,9 | -1,6 | -0,9 | -0,6 |
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) | 0,2 | 0,3 | 1,3 | -0,7 | 3,3 | 4,0 | -1,5 | -1,0 | -0,5 | -1,4 | -0,7 | -0,2 |
2.1.1 Telecomunicações | -0,2 | -0,3 | 0,2 | -1,1 | -0,7 | 1,6 | -3,7 | -3,4 | -2,9 | -3,6 | -3,2 | -2,6 |
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | -0,2 | 1,4 | 4,0 | 0,2 | 12,2 | 9,4 | 3,6 | 4,6 | 5,1 | 2,3 | 4,2 | 4,3 |
2.2 Serviços audiovisuais | -1,4 | 2,9 | -8,8 | -3,9 | -3,0 | -14,0 | -2,7 | -2,7 | -3,9 | -2,4 | -2,2 | -3,1 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | 2,7 | -1,0 | -1,9 | 0,5 | -2,1 | -0,2 | -1,9 | -1,9 | -1,7 | -3,2 | -2,8 | -2,3 |
3.1 Serviços tecnico-profissionais | 2,8 | 1,7 | -3,0 | 1,8 | -2,4 | -1,8 | 0,7 | 0,3 | 0,1 | -2,0 | -1,6 | -1,4 |
3.2 Serviços administrativos e complementares | 2,9 | -2,0 | -0,2 | 0,1 | -2,0 | 0,3 | -2,7 | -2,6 | -2,3 | -3,2 | -3,0 | -2,5 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | 2,7 | -1,7 | -0,2 | 4,4 | 1,2 | 2,3 | 1,3 | 1,3 | 1,4 | 2,8 | 2,6 | 2,1 |
4.1 Transporte terrestre | 0,5 | -2,3 | -0,4 | 6,5 | 0,1 | 2,9 | 2,6 | 2,3 | 2,4 | 3,7 | 3,4 | 2,9 |
4.2 Transporte aquaviário | 9,4 | 0,1 | 0,2 | -1,4 | 0,0 | -0,1 | -1,4 | -1,2 | -1,1 | 7,7 | 5,2 | 2,6 |
4.3 Transporte aéreo | 23,2 | -1,7 | -2,1 | 12,3 | 20,1 | 16,0 | 1,2 | 3,1 | 4,3 | -8,2 | -4,3 | -0,7 |
4.4 Armazenagem, serviços axiliares aos transportes e correio | 2,7 | 0,3 | -1,4 | 0,1 | -1,6 | -1,7 | -0,3 | -0,4 | -0,6 | 3,2 | 2,4 | 1,2 |
5. Outros serviços | 1,0 | -3,9 | 5,5 | 1,2 | -4,1 | 2,5 | 2,3 | 1,5 | 1,6 | -0,9 | -0,8 | -0,1 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria (1) Base: mês imediatamente anterior – com ajuste sazonal (2) Base: igual mês do ano anterior (3) Base: igual período do ano anterior (4) Base: 12 meses anteriores |
Os demais resultados positivos vieram dos serviços prestados às famílias (2,0%) e de outros serviços (2,5%), explicados, principalmente pelos incrementos de receita vindos das empresas do ramo de hotéis e de serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada; no primeiro setor; e de administração de bolsas e mercados de balcão e de atividades de administração de fundos por contrato ou comissão, no último.
Em contrapartida, a única influência negativa do mês ficou com o ramo de serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,2%), pressionado, em grande medida, pela queda na receita das atividades de cobranças e informações cadastrais, de transportes de valores, de serviços de engenharia, de assessoria e consultoria técnica em áreas profissionais e de atividades de vigilância e segurança privada.
No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços apresentou variação negativa de 0,2%, com recuo em três das cinco atividades de divulgação e em 56,6% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, os serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,7%) e os de informação e comunicação (-0,9%) exerceram os principais impactos negativos sobre o índice global.
Em contrapartida, as contribuições positivas ainda no acumulado no ano ficaram com os segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,4%) e de outros serviços (1,6%).
Entre as 27 UFs, 11 tiveram alta frente a setembro
Entre setembro e outubro (com ajuste sazonal), 11 das 27 unidades da federação tiveram expansão, acompanhando a variação de 0,1% no país. A estabilidade assinalada por São Paulo (0,0%) e Rio de Janeiro (0,0%) foram determinantes para a formação do índice nacional, já que representam, em conjunto, cerca de 57% do total do volume de serviços. Entre os locais que tiveram taxas positivas destaques para o Paraná (2,4%) e Rio Grande do Sul (1,7%). Já a Bahia (-2,8%) registrou a principal influência negativa.
Em relação a outubro de 2017 a expansão do volume de serviços no país (1,5%) foi acompanhada por 15 das 27 unidades da federação. A principal influência positiva ficou com São Paulo (4,4%), com avanço nas cinco atividades investigadas, com destaque para serviços de informação e comunicação (8,2%), seguido por serviços profissionais, administrativos e complementares (1,9%) e outros serviços (7,2%).
A influência negativa mais relevante veio do Rio de Janeiro (-5,4%), com recuo em três dos cinco setores pesquisados, com destaque para as perdas observadas em serviços de informação e comunicação (-15,9%).
No acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, houve queda em 22 das 27 unidades da federação. Os principais impactos negativos em termos regionais ocorreram no Rio de Janeiro (-2,2%), Ceará (-7,7%), Bahia (-3,4%) e Paraná (-1,9%). Por outro lado, São Paulo (1,7%) registrou a contribuição positiva mais relevante sobre índice nacional.
Atividades turísticas variam -0,9% frente a setembro
O índice de atividades turísticas variou -0,9% entre setembro e outubro, segunda taxa negativa seguida neste tipo de confronto, período em que acumulou perda de 1,2%. Nove das 12 unidades da federação investigadas acompanharam essa queda, com destaque para São Paulo (-1,1%) e Rio Grande do Sul (-3,8%). Em sentido contrário, a contribuição positiva mais relevante veio do Rio de Janeiro (1,6%).
Em relação a outubro de 2017, o volume de atividades turísticas no país cresceu 5,4%, impulsionado, principalmente, pelo aumento de receita das empresas de transporte aéreo de passageiros, de hotéis, de locação de automóveis e de serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada. Em sentido oposto, o segmento de restaurantes exerceu a influência negativa mais significativa sobre os serviços turísticos.
Nove das 12 unidades da federação onde as atividades turísticas são investigadas mostraram avanço, com destaque para São Paulo (10,5%), que emplaca a sua oitava taxa positiva seguida. Outras contribuições positivas relevantes vieram do Ceará (16,4%) e de Pernambuco (4,7%). Em contrapartida, os únicos impactos negativos vieram do Paraná (-6,4%) e do Rio Grande do Sul (-3,1%). Enquanto o Rio de Janeiro (0,0%) ficou estável.
No acumulado no ano, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 1,8% frente a igual período de 2017, impulsionado, sobretudo pelo ramo de hotéis, de transporte aéreo de passageiros e de locação de automóveis. Em sentido oposto, o principal impacto negativo permanece com o segmento de restaurantes. Oito dos 12 locais investigados também registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (4,8%), seguido por Pernambuco (5,3%), Santa Catarina (4,6%) e Minas Gerais (1,9%). Por outro lado, Rio de Janeiro (-4,2%) e Paraná (-5,2%) assinalaram as principais influências negativas.
Fonte: IBGE