Enfermagem: mobilização pela valorização da enfermagem em MS acontece neste domingo na Praça do Rádio, às 11 horas, em Campo Grande

Enfermagem: mobilização pela valorização da enfermagem em MS acontece neste domingo na Praça do Rádio, às 11 horas, em Campo Grande

Profissionais de enfermagem de Mato Grosso do Sul e de todo Brasil iniciaram uma campanha nacional por melhores condições de trabalho. Dentre elas está a luta pela redução da jornada de trabalho de 44 para 30 horas semanais. Uma mobilização nacional acontece no dia 27 de janeiro, para marcar essa reivindicação da categoria que reclama dos inúmeros problemas que tem afetado a saúde física e mental dos profissionais da enfermagem. Em Campo Grande o ato acontece na Praça do Rádio, às 11 horas, e conta com o apoio de entidades ligadas à enfermagem, como o SINTSS (trabalhadores na saúde e seguridade estadual), SISTA (técnicos da UFMS), COREN (Conselho Regional de Enfermagem), ADUFMS (professores UFMS), MAE, a ABEn-MS e SINTE/PMCG. O vereador e enfermeiro Hederson Fritz também apoia a manifestação.

A ação começou a ser organizada no dia 12 de janeiro, quando os representantes destas instituições se reuniram com profissionais de enfermagem (da Santa Casa de Campo Grande, do Hospital Regional Rosa Pedrossian; da Clínica Campo Grande e do Hospital do Câncer), para discutirem, além desta mobilização, uma agenda de reivindicações a longo prazo.

O presidente do Coren-MS, Sebastião Duarte, avaliou a mobilização da classe como algo essencial, pois os profissionais estão sofrendo com as precárias condições de trabalho. “Essas estratégias de mobilização precisam ser feitas, pois só assim atingiremos nossos objetivos. Para isso, devemos realmente ter uma agenda e organização. As pessoas estão adoecendo, em decorrência das más condições que estão submetidas. Muitas vezes estão acumulando mais de um serviço devido a necessidades financeiras”, avaliou.

A enfermeira e Coordenadora do Sista/MS, Cléo Gomes, demonstrou preocupação com a saúde mental dos profissionais da enfermagem e ressaltou a importância deste quesito ser valorizado pelas empresas. “Nós tivemos o suicídio de uma enfermeira do Hospital Regional aqui em Campo Grande na primeira semana do mês e isso é o retrato de um quadro grave, onde os profissionais de enfermagem não estão suportando a jornada de trabalho. Por isso, a redução para 30 horas é necessária. Se trabalharmos menos, os pacientes também sairão ganhando, pois estaremos mais felizes e, consequentemente, renderemos mais”, alertou.

No setor público, muitos municípios e estados já adotam as 30 horas para os profissionais da enfermagem. Mas a categoria quer que essa mudança seja regulamentada em forma de lei para ser cumprida em todo país.

A vice-presidente da seção da Aben-MS, Sueli Oliveira, valorizou a articulação dos representantes presentes na reunião, pois se preocupa com a integridade física e mental dos profissionais de enfermagem. “A mobilização é um ato importante e devemos realizá-la dentro do respaldo legal. É algo essencial, pois uma das coisas que eu prezo é pelo bem-estar físico e psicológico dos profissionais”, relatou.

Além deste ato do dia 27, o vereador Hederson Fritz propôs durante o encontro, uma audiência pública para a segunda semana de março, a fim de discutir melhorias nas condições de trabalho para os profissionais da categoria.

Seminário sobre saúde mental

Como parte da programação da campanha “Janeiro Branco: Quem cuida da mente, cuida da vida”, o Coren-MS organizará um seminário destinado aos profissionais de enfermagem, cujo tema é “Sofrimento mental e organização do trabalho em enfermagem”.

O seminário passará pelas cidades de Campo Grande, Aquidauana, Corumbá e Dourados, entre os dias 28/01 e 01/02.

Clique aqui e confira os links para a inscrição.

 

 

 Gazeta Trabalhista, com informações do COREN e do SISTA-MS

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