Federação de trabalhadores dos Correios diz que direção da estatal tenta enganar funcionários
A Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (FENTECT) divulgou nota no site da entidade repudiando informações divulgadas entre os funcionários da estatal sobre o processo de negociação do novo acordo coletivo de trabalho, hora mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Veja abaixo a nota da Federação.
“A ETC soltou mais um ‘Primeira Hora’ inundado de falácias e mentiras com o intuito de enganar e confundir os trabalhadores ecetistas quanto as tratativas acerca do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2021/2022. Acordo aliás que vem acontecendo por parte da FENTECT desde maio deste ano com a antecipação da campanha salarial, justamente para que tivéssemos tempo para fechar um acordo de forma consensuada.
Porém, a direção da ECT em momento nenhum se esforçou para garantir esse acordo. Na verdade, o que aconteceu foi um calendário apresentado pela ECT, com apenas quatro reuniões, onde a empresa recusou a proposta dos trabalhadores e apresentou um proposta com 0 % de reajuste e a implantação do famigerado banco de horas para ampliar ainda mais a política de assédio e exploração, que é marca registrada desta direção da ECT.
Os sindicatos de todo país, orientados pela FENTECT e o comando de negociação, recusaram em assembleias realizadas com os trabalhadores essa proposta. A FENTECT ressalta que desde o início das tentativas de negociação, a direção da ECT vinha agindo de má fé, inclusive ajuizando DCG (Dissídio Coletivo de Greve), alegando a greve por tempo indeterminado que nunca aconteceu. Diante desse ajuizamento, o TST marcou uma audiência de conciliação para último dia 10/09, onde o ministro relator Belmonte Agra fez uma proposta para os representantes da FENTECT e da ECT para fechamento do acordo. Os representantes da empresa disseram que não tinham autonomia para aceitar a proposta e, por isso, o min. relator Belmonte Agra deu o prazo final até a última segunda-feira (13/09), quando a direção da ECT recusou formalmente a proposta feita pelo ministro.
Apesar de ter tido R$ 1,5 bilhão de lucro no ano passado e uma projeção para este ano estimada perto de R$ 3 bilhões, a alegação da ECT é que o aceite da proposta do ministro comprometeria a saúde financeira da empresa. Isso é mais uma mentira deslavada do general Floriano Peixoto e sua turma que tenta sucatear cada vez mais a estatal para entregá-la para o capital privado como já é do conhecimento de todos nós.
A FENTECT repudia as mentiras e a tentativa de manipulação dos trabalhadores por essa turma seguidora de Bolsonaro que só trabalha FAKE NEWS. A FENTECT sempre esteve à disposição para negociar de forma séria os direitos que impactam diretamente na melhoria da vida dos trabalhadores ecetistas e não aceitará nenhuma proposta que possa aprofundar ainda mais a política de assédio moral, e exploração que vem acontecendo dentro da ECT, a mando de Floriano Peixoto e seus vassalos militares que aumentaram seus salários a nível estratosféricos e querem que os trabalhadores concursados paguem essa conta aceitando a institucionalização do trabalho escravo finais de semana e feriados, de graça.
A FENTECT orienta os trabalhadores a não caírem nas mentiras da direção da ECT e se manterem mobilizados e rechaçando qualquer proposta que retire direitos, pois não podemos esquecer qual é o objetivo do governo Bolsonaro e Floriano Peixoto: acabar com nossa empresa e nossos empregos.”
(Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil)
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