MS: números alarmantes da Covid levam governo a instituir medidas mais restritivas; em sete dias 96 pessoas morreram

MS: números alarmantes da Covid levam governo a instituir medidas mais restritivas; em sete dias 96 pessoas morreram

O novo toque de recolher de Mato Grosso do Sul é das 20h às 5h, de segunda a sexta-feira, em todos os municípios, e começa a valer no próximo domingo, dia 14. Após esse horário só será permitida a circulação de pessoas e veículos em razão de trabalho, emergência médica ou urgência inadiável.

A determinação, que consta em decreto publicado nesta quarta-feira, dia 10, leva em consideração o aumento do número de internações em decorrência da Covid-19, ampliação da taxa de ocupação de leitos de UTI públicos e privados e a confirmação da circulação da variante P1.

Aos sábados e domingos, só poderão manter em funcionamento e aberto ao público as atividades e serviços não essenciais no período das 5 às 16 horas.

Durante o horário do toque de recolher, somente poderão funcionar os serviços de saúde, transporte, alimentação por meio de delivery, farmácias e drogarias, funerárias, postos de gasolinas, indústrias, correios e igrejas, sempre respeitando as medidas necessárias de biossegurança.

O decreto ainda prevê a suspensão de cirurgias eletivas, a não ser as já agendadas, e a instalação de barreiras sanitárias nos aeroportos e pontos de fiscalização nas rodovias.

A publicação não impede que os municípios adotem medidas de restrição mais rígidas. Os detalhes podem ser conferidos no decreto publicado em Diário Oficial nesta quarta-feira, dia 10.

Em sete dias, 96 pessoas morreram com Covid no MS e Governo adota medidas duras para conter a pandemia

 Não há mais leitos de UTI na maioria das cidades do Estado. Esta foi a informação dada pelo secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, durante a live do Boletim Covid 19 deste quarta-feira (10).

Segundo ele, o Governo do Estado, com apoio das prefeituras, está abrindo novos leitos de UTI em Dourados, Ponta Porã, Três Lagoas, Aparecida do Taboado e Coxim. O objetivo é fazer com que os pacientes do interior não precisem se locomover para outras cidades. Mas a abertura de leitos, de acordo com o secretário, não é suficiente para deter a pandemia.

A secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone, reiterou a gravidade do quadro dizendo que “a situação em todo o Estado é aguda”. Com total de 613.701 notificações e 190.392 exames positivos desde o início da pandemia, o Boletim trouxe registro de mais 1.237 novos casos nas últimas 24 horas e 25 óbitos. Em apenas 21 dias os números dobraram. Em apenas sete dias 96 pessoas perderam a vida em função do novo coronavírus. A taxa de contágio subiu para 1.02%.

“Precisamos de medidas ousadas, corajosas, para evitar o aumento de casos”, afirmou o secretário, ao se referir ao novo Decreto com medidas restritivas com o objetivo de evitar o agravamento do quadro de Covid-19 no Estado.

As medidas tomadas pelo Governo do Estado, ainda de acordo com Geraldo Resende, são baseadas exclusivamente na ciência, através das organizações que dão suporte a Secretaria de Estado de Saúde (SES). “Somos lastreados pela ciência, não por leigos”, ressaltou, pedindo a compreensão e o esforço de todos, ressaltando que não há espaço para titubear.

Números que preocupam

Os cinco municípios que apresentaram maior número de novos casos nas últimas 24 horas, de acordo com o Boletim Epidemiológico divulgado nesta quarta-feira, são: Campo Grande com mais 409; Dourados +97; Três Lagoas +88; Naviraí +71 e Sidrolândia, que aparece com +64.

As mortes ocorreram em 14 cidades, sendo a Capital com maior número de perdas: 8 pacientes. Dourados registrou 3 mortes, Corumbá e Costa Rica, 2. Os demais municípios tiveram um óbito cada um. São eles: Cassilândia, Glória de Dourados, Jardim, Maracaju, Nova Alvorada do Sul, Paranaíba, Porto Murtinho, Sete Quedas, Sidrolândia e Terenos.

A ocupação hospitalar das cinco macrorregiões é a seguinte: Campo Grande 106%; Dourados 94%; Três Lagoas 84%; Corumbá 58%. Estão internados 754 pacientes, destes, 419 estão em leitos clínicos e 355 em leitos de UTI. A maioria em leitos públicos.

Acesse aqui o Boletim completo.

(Fonte: SES/MS – Portal do MS)

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