Prefeito Marquinhos Trad recua, comércio reabre e movimento é intenso em Campo Grande; maioria da população nas ruas não usa máscaras nem respeita distanciamento

Prefeito Marquinhos Trad recua, comércio reabre e movimento é intenso em Campo Grande; maioria da população nas ruas não usa máscaras nem respeita distanciamento

No primeiro dia de liberação do comércio, com algumas restrições e normas a serem seguidas, o movimento foi intenso na capital de Mato Grosso do Sul. Comércio e bancos com  aglomerações, filas e grande proximidade entre as pessoas, que em  sua maioria nãos usavam máscaras ou luvas de proteção.

O prefeito Marquinhos Trad teria liberado o comércio após pressão do setor, que teme a  queda nas vendas e no faturamento, com prejuízos econômicos que podem levar à demissão e quebra de comerciantes.

Pressionado entre a reivindicação dos empresários e a orientação do Ministério da Saúde, Marquinhos optou por uma abertura com restrições e regras. Mas estas, em geral não foram seguidas no comércio e bancos da capital.

Pela atitude da maioria, se depreende que grande parte dos campograndenses ainda não se conscientizaram da gravidade da situação, da necessidade dos cuidados como uso de equipamentos de proteção e distanciamento, dando a impressão de que acreditam, junto com o presidente, de que é “apenas uma gripezinha”, que a imprensa está exagerando e que a economia não pode parar.

O discurso do presidente ecoa na boca dos transeuntes, que não parecem muito preocupados. Após duas semanas de quarentena, o relaxamento parece natural pois “não aconteceu nada de anormal nesses dias” e “a situação parece sobre controle”.

Com um inimigo invisível e muitos casos assintomáticos, o futuro é uma incógnita. Em algumas semanas teremos resposta.

Estratégias de prevenção da prefeitura

A prefeitura de Campo Grande sustenta que tem adotado medidas de restrições a mobilidade urbana, seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde, que preconizam o isolamento social como estratégia de prevenção ao Covid-19, pandemia que praticamente paralisa o mundo.

Na semana passada, medida da prefeitura flexibilizou a quarentena para as lojas de material de construção, lotéricas, agências bancárias, setor industrial e a construção civil. Já os restaurantes voltaram a funcionar desde o dia 27 de março, com redução de 70% da capacidade. Não houve interrupção em setores considerados essenciais, como supermercados, farmácias e postos de combustível.

Decreto publicado no dia 3 de abril de 2020, em edição extraordinária do Diário Oficial, estabeleceu o plano de diretrizes para o enfrentamento da COVID-19 nas atividades econômicas e sociais de Campo Grande. O plano, com base em critérios de biossegurança, define o calendário para reabertura gradativa das atividades comerciais, classificadas numa escala de 0 a 5, levando em conta a possibilidade (por conta das suas características) sendo maior ou menor de manutenção das condições de isolamentos social.

Os segmentos com pontuação 4 e 5, aqueles que por suas características, avaliou-se ser possível adotar medidas para evitar aglomerações, retomaram suas atividades nesta segunda-feira. De imediato está autorizado o funcionamento de serviços na área de saúde, como consultórios médicos, odontológicos, fisioterapia.

A partir de hoje, dia 6, reabriram as oficinas mecânicas, auto elétricas, concessionárias de veículos, floriculturas, livrarias, além do comércio varejista de um modo geral, lojas de roupas, confecções, armarinhos, eletrodomésticos, além de toda área de serviços (escritórios de contabilidade, imobiliárias, Advocacia).

O plano com as diretrizes para o enfrentamento do Coronavirus mantém suspensas as aulas nas escolas públicas e particulares; universidades. Continuam proibidos os eventos artísticos, culturais, esportivos; bailes, o funcionamento das academias em geral, clubes de lazer; shopping centers e os estabelecimentos situados em galerias, além dos bares com entretenimento. Parques, locais de lazer e convivência, públicos ou privados, continuam fechados.

O plano foi elaborado por uma equipe multidisciplinar integrada por técnicos das Semadur, Sesau, Agetran, Procuradoria do Município, Secretaria de Finanças, Agereg e Sedesc, que adotaram parâmetros e diretrizes da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde. O objetivo, segundo o prefeito Marquinhos Trad é “mitigar os efeitos dessa pandemia junto à população campo-grandense”.

 Com informações da prefeitura de Campo Grande – Foto: assessoria PMCG

 

 

 

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