Reitor da UFMS afirma que não vai exigir passaporte da vacina e critica UEMS e UFGD por cobrarem vacinação
Em reunião realizada nesta quinta, 10, com representantes da comunidade universitária da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, o reitor, Marcelo Turine, afirmou que não exigirá o comprovante de vacinação no retorno das aulas presenciais, porque segue as normas legais e não existe uma lei determinando essa exigência. Quando existir a Universidade passará a exigir, disse o reitor . Ou seja, se o governo Federal, estadual ou o prefeito determinar sua obrigatoriedade, a UFMS agirá nesse sentido.
Turine chegou a criticar a adoção feita pela UEMS e pela UFGD, além de afirmar que a obrigatoriedade do comprovante do esquema vacinal completo “rompe direitos do trabalhador”. Ele declarou que é preciso “encontrar um modelo não punitivo” e complementou dizendo que considera preferível “estimular a cultura da vacina” para “não penalizar servidor e aluno”.
“Vacinômetro”
O reitor propôs a obrigatoriedade do “vacinômetro”, um formulário online já existente no site da UFMS no qual membros da comunidade acadêmica respondem de forma facultativa. A proposta do reitor é de que haja restrições na atuação de pessoas que não responderem ao questionário.
A professora Dra. Maria Elizabeth Ajalla, que pesquisa doenças infecciosas e parasitárias, afirmou que a obrigatoriedade da vacinação não é nova, já que o próprio Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) impõe penalidades para quem não vacina os filhos. Lembrou que, no estágio que coordenou no curso de Medicina, nove dos 14 alunos participantes foram infectados com o novo coronavírus, e que o País ainda não atravessou a queda na curva de infecção da variante Ômicron.
Questionamos sobre a possiblidade do adiamento do início das aulas presenciais e a Pró-reitora de Pós-graduação destacou os prejuízos que isso acarretará aos formandos, sob pena de alguns correrem o risco de serem expulsos, por não apresentarem suas defesas dentro dos prazos.
Ao ser questionado sobre a segurança das salas de aula, que, em sua maioria não possui as condições de circulação de ar recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Marcelo Turine respondeu que o mesmo se dá em salas de cinema, por exemplo. A professora Dra. Mariuza Guimarães argumentou que, no entanto, ir ao cinema é uma escolha. “Você escolhe ir. Na aula, não tem como escolher”, afirmou.
Questões como o preço médio das máscaras adequadas (PFF2/N95) e o controle da circulação de pessoas sem máscara também foram pontos levantados. A UFMS já havia afirmado, e o reitor reforçou durante o encontro, que a instituição não disponibilizará kits de equipamentos de proteção individual (EPIs) para estudantes, sendo de responsabilidade dos mesmos. Permanece a exigência de uso de máscaras dentro das dependências da UFMS. Quem não cumprir, será proibido de circular em seu interior.
(Com informações do Sista/MS e Adufms – Foto: Nivalci Barbosa)
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