Sistema Nacional de Educação está na pauta do Senado nesta quarta

Sistema Nacional de Educação está na pauta do Senado nesta quarta

Duas propostas na área educacional estão pautadas para análise em Plenário nesta quarta-feira (9), a partir das 16h. O primeiro assunto a ser discutido e deliberado é o Projeto de Lei Complementar (PLP) 235/2019, que institui as diretrizes do Sistema Nacional de Educação (SNE).

De autoria do senador Flávio Arns (Podemos-PR), o PLP foi aprovado em novembro na Comissão de Educação (CE), na forma de substitutivo apresentado pelo senador Dário Berger (MDB-SC), que continua com a relatoria do texto no Plenário.

Com o SNE pretende-se alinhar e harmonizar políticas, programas e ações da União, estados e municípios, em articulação colaborativa dos entes da Federação na área educacional. A ideia é universalizar o acesso à educação básica e garantir seu padrão de qualidade; erradicar o analfabetismo; garantir equalização de oportunidades educacionais; articular os níveis, etapas e modalidades de ensino; cumprir os planos de educação em todos os níveis da Federação; e valorizar os profissionais da educação, entre outras ações.

De acordo com Arns, o PLP tem por base oito audiências públicas promovidas pelo Senado e aborda aspectos como a acessibilidade de crianças e adolescentes à escola, com a adoção da busca ativa daqueles que abandonaram os estudos, e a permanência dos estudantes no ambiente educacional, com a garantia de alimentação, segurança, atendimento e acolhimento, inclusive na área da saúde mental.

Nas redes sociais, o relator comemorou a inserção do PLP na pauta do Plenário desta semana.

“Vamos tirar do papel o Sistema Nacional de Educação. Foco em gestão, integração, metas e resultados para modernizar e melhorar a qualidade do ensino no Brasil”, expôs Dário.

Outra proposta na pauta institui a Política Nacional de Atenção Psicossocial nas Comunidades Escolares. O PLS 3.383/2021, do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), prevê que a política nacional tenha atuação intersetorial, envolvendo as áreas de educação, saúde e assistência social, de forma a garantir o desenvolvimento pleno de crianças e adolescentes e dos públicos relacionados à formação e educação dessa população, como os trabalhadores da educação, além dos pais ou responsáveis. Tudo isso com o objetivo de promover a saúde mental da comunidade escolar.

A proposta delega à União a responsabilidade de fomentar e promover ações para a execução dessa política, bem como subsidiar o trabalho dos comitês gestores de atenção psicossocial. Na Comissão de Educação, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) apresentou relatório favorável à matéria, com apenas uma emenda de redação.

Reinvestimento

Também está na pauta do Plenário nesta quarta-feira a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 1/2021. Tendo como primeiro signatário o senador Wellington Fagundes (PL-MT), a matéria determina que pelo menos 70% dos recursos obtidos com outorgas onerosas de obras e serviços de transportes aéreo, aquático e terrestre de responsabilidade da União sejam reinvestidos no próprio setor.

A PEC fixa ainda que a destinação desses recursos deverá ser executada em até três anos após o recebimento dos valores de contrapartida das outorgas pela União.

Segundo Wellington, “é importante que os valores da outorga possam ser canalizados para outras obras de infraestrutura em áreas mais carentes, as quais foram preteridas anteriormente em relação a outras áreas que já tiveram investimentos no passado e que agora pagam outorga à União”.

O que a PEC propõe, segundo o senador, é um direcionamento para garantir que os investimentos não caiam abaixo de um patamar mínimo, “até porque obra parada acaba por exigir retrabalho (o que aumenta custos) em função de estragos pela ação do tempo, como é comum na construção de rodovia”, expôs Wellington.

Inicialmente com o ex-senador Antonio Anastasia (que assumiu cargo de ministro do Tribunal de Contas da União), a relatoria está agora com Jayme Campos (DEM-MT), que ainda não apresentou seu parecer.

Honorários periciais

Por fim, também compõe a pauta o PL 4.491/2021, que dispõe sobre a prorrogação da Lei 13.876, de 2019, que trata de honorários periciais em ações em que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) figure como parte.

Do senador Sérgio Petecão (PSD-AC), a matéria prorroga até 31 de dezembro de 2024 o prazo de garantia de pagamento desses honorários periciais pela União ao respectivo tribunal. O projeto tem a relatoria do senador Nelsinho Trad (PSD-MS).

Fonte: Agência Senado – Foto: Marcelo Camargo/Ag Brasil

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