Trabalhadores dos Correios ainda não receberam máscaras de proteção da empresa

Trabalhadores dos Correios ainda não receberam máscaras de proteção da empresa

Embora seja considerado um serviço essencial pelo Decreto nº 10.282/2020 da Presidência da República, a direção dos Correios não forneceu até o momento as máscaras de proteção para os funcionários, inclusive carteiros e atendentes das agências, que trabalham diretamente em contato com objetos e usuários dos serviços da estatal.

Segundo um carteiro de Campo Grande (MS), que entrou em contato com a Gazeta Trabalhista, os carteiros são pressionados mas não são oferecidas condições de trabalho mínimas para se garantir o serviço. “Muitos de nós temos pais idosos em casa e segundo informações divulgadas amplamente na imprensa, Mato Grosso do Sul é no momento o estado que menos cumpre o isolamento social. Isso é grave pois o vírus já foi constatado em todas as regiões da capital, Campo Grande, e estamos expostos. É uma irresponsabilidade da gestão da empresa. Nós mesmos temos que providenciar nossas máscaras”. Segundo o funcionário, “até mesmo os funcionários dos grupos de risco estão sendo pressionados inclusive com ameaças de cortes nos salários”.

As duas federações que representam os funcionários dos Correios em nível nacional (FENTECT e FINDECT) dizem que fizeram várias solicitações à direção da empresa – até mesmo via judicial – para que o problema seja resolvido.

Já  direção dos Correios, que tem à frente o general Floriano Peixoto, alega ter dificuldades para aquisição dos equipamentos. Conforme um comunicado divulgado internamente na estatal a empresa adquiriu, no último dia 9, dois lotes de máscaras. “Cientes da dificuldade de aquisição desses e outros materiais de proteção, os Correios empreenderam uma grande pesquisa, que contou com mais de 150 fornecedores, a fim de garantir a rápida aquisição dos produtos. O primeiro lote, que chega em 17/4, será distribuído prioritariamente aos carteiros e operadores de triagem e transbordo. Em um segundo momento, os equipamentos serão disponibilizados para o restante do efetivo.”

A medida se soma às demais já adotadas no início da pandemia, tais como a redução de jornada das áreas administrativas e disponibilização de álcool em gel nas agências e áreas comuns de seus prédios administrativos.

Foto: Fernando Frazão – Agência Brasil

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