Liberação de transporte coletivo por vans e micro-ônibus em Campo Grande: base da prefeita pede vistas em projeto
Pautado para apreciação e votação em regime de urgência Municipal na sessão desta quinta-feira, 30, o projeto que amplia a concessão de novos modelos de transporte coletivo em Campo Grande (como vans) sofreu uma obstrução por parte do Executivo Municipal, evidenciando seu desejo de manter o monopólio do transporte pelo Consórcio Guaicurus.
O projeto é mais uma tentativa de encontrar uma solução para melhorar o transporte utilizado pelos moradores no seu cotidiano. A intenção é alterar o art. 2º da Lei 3.681, em vigor desde 22 de novembro de 1999, liberando o serviço para outras empresas que operam neste segmento como ônibus, micro-ônibus, vans, serviços de táxis por automóvel de passeio e dos serviços de moto-táxis por motocicletas em todo o território municipal, urbano e rural. O projeto é de autoria do vereador Marcos Tabosa (PDT) e Coringa (PSD).
Diante do caos vivenciado pelos moradores de Campo Grande com o transporte coletivo que dispõe de um péssimo serviço aos usuários com ônibus velhos e sucateados, sem ar condicionado, superlotado e com linhas deficitárias, o vereador Marcos Tabosa tentou, por inúmeras vezes, abrir para conhecimento público o contrato que o Consórcio Guaicurus oferece aos moradores desde 1999, através de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, sem obter êxito.
Derrotado em suas tentativas de expor ao público as obrigações contratuais do Consórcio Guaicurus, apesar dos enormes lucros obtidos pelo serviço de péssima qualidade, o vereador iniciou uma campanha que pede “Tarifa Zero”, visto que os governos federal, estadual e municipal subsidia praticamente todo o custo operacional do Consórcio, entendendo ser possível zerar a tarifa ou ao menos praticar uma passagem com menor custo.
Depois de conseguir tramitar o projeto por todas as comissões legislativas da Câmara Municipal, o vereador Tabosa obteve o compromisso do presidente Carlos Augusto Borges (PSB) de que pautaria a discussão e votação na sessão desta quinta-feira, dia 30. Apesar de obter o apoio dos vereadores em número necessário para tramitar em regime de urgência, o pleito foi barrado.
Porém a apreciação do projeto foi suspensa, segundo tabosa, com um pedido de vistas feito por vereadores que apoiam a prefeita Adriane Lopes numa estratégia que barrou a apreciação final da Comissão de Constituição e Justiça já em plenário, com o vereador Paulo Lands (Patriota) do mesmo partido da prefeita Adriane Lopes, pedindo vistas para estudar melhor o projeto, apesar de fazer parte da CCJ.
Com essa artimanha, arquitetada pelo Executivo Municipal segundo Tabosa, quem perde e continua sofrendo é a população que não suporta mais o péssimo serviço oferecido pelo Consórcio Guaicurus que detém o monopólio do transporte na Capital e não permite que novas empresas ofereçam um serviço de qualidade, acessível e seguro.
Para o vereadora onde há competitividade de fato, por mais dominantes e poderosas que sejam as empresas de qualquer ramo, a população sempre acaba tendo benefícios, seja nos valores da passagem, na melhora da condição e quantidade dos veículos, dentre outras benesses.
Nesse aspecto, alinhado as constantes reclamações dos usuários do transporte coletivo, que vão desde o valor abusivo das passagens, o sucateamento dos veículos e a superlotação, revela-se a necessidade da criação de instrumentos e alternativas que busquem se não erradicar, ao menos amenizar as mazelas sofridas pela população mais necessitada.
(Com informações de Palmir Cleverson Franco -Assessoria do Vereador Tabosa – Foto: PMCG)
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