Tarifa zero no transporte coletivo de Campo Grande é possível começar por horários específicos, diz vereador

Tarifa zero no transporte coletivo de Campo Grande é possível começar por horários específicos, diz vereador

Defensor da iniciativa Tarifa Zero para o transporte público, o vereador Professor André Luis participou da audiência pública que tratou do assunto. Durante o encontro, o parlamentar enfatizou que é possível, mesmo que de forma parcial, implantar a isenção da tarifa em Campo Grande e que isso seria um grande ganho para a população.

Em sua fala inicial, o vereador apontou que a gratuidade no transporte impacta diretamente na qualidade de vida das pessoas, especialmente daquelas que dependem do ônibus para se locomover pela cidade. Contudo, os benefícios também chegariam nas que não usam o serviço, já que a mobilidade urbana engloba diversos aspectos da cidade, como o setor econômico, que seria diretamente influenciado pela mudança.

“A questão da mobilidade urbana não é apenas o transporte gratuito, mas, é algo tão importante que impacta em diversos aspectos da nossa vida, como emprego, saúde, economia e lazer”, disse André Luis.

O vereador lembrou que muitas pessoas que moram em Campo Grande deixam de buscar por uma colocação no mercado de trabalho por, muitas vezes, não terem sequer o dinheiro da passagem, que atualmente está R$ 4,75, uma das mais caras do Brasil.

“Tem muita gente em Campo Grande que não consegue emprego por não ter dinheiro para ir à Fundação de Trabalho, já que o valor gasto com ida e volta pode servir para inteirar uma refeição para a família”, disse.

Além da geração de emprego, a economia também teria outro incremento com a injeção de recursos no comércio local, uma vez que os trabalhadores poderiam destinar o dinheiro que seria da passagem para outros fins, como compras em centros comerciais para onde a população poderia se deslocar sem custos.

Para o parlamentar, que é presidente da Comissão de Mobilidade Urbana da Câmara Municipal, o debate vai além de oferecer transporte gratuito, tornando-se uma questão de promover, além da qualidade de vida do trabalhador, uma mudança no trânsito e na saúde pública.

“Ao incentivar o uso do ônibus, com um serviço gratuito e de qualidade, vamos diminuir a quantidade de carros e motos nas ruas e, consequentemente, reduzindo os acidentes de trânsito e a superlotação em hospitais e pronto-socorro. A mobilidade urbana é sobre chegar rápido e bem ao destino”, afirmou.

A audiência contou com a participação de diversos agentes públicos e entusiastas da Tarifa Zero, incluindo Celso Haddad, presidente da Empresa Pública de Transporte (EPT), autarquia de Maricá, no Rio de Janeiro, onde o transporte público é gratuito há nove anos.

De acordo com Haddad, na cidade fluminense as linhas do transporte coletivo ligam todos os bairros e três distritos da região, oferecendo ainda a opção intermodal, na qual o passageiro pode descer do ônibus em determinado ponto e completar o caminho usando uma bicicleta pública, ou vice-versa, que também é fornecida de forma gratuita pela EPT.

Reconhecendo o avanço promovido pela gratuidade em Maricá, André Luis reforçou que, em Campo Grande, devido a fatores como políticas públicas e aspectos culturais, a implantação da isenção tarifária pode iniciar de forma gradual, até chegar no que é feito naquela cidade.

“Podemos começar colocando tarifa zero fora dos horários de pico. Por exemplo, das 5h00 às 8h00, onde se tem o maior fluxo de passageiros, seria cobrada a passagem, mas, em outros horários, seria concedida a isenção. Assim, as pessoas que podem sair mais tarde de casa, iriam aproveitar a gratuidade e deixar o transporte nos primeiros horários do dia para quem realmente precisa, reduzindo a lotação”, explicou.

Entre estes encaminhamentos derivados deste debate, está o compromisso de se fazer uma visita técnica em Maricá para conhecer o modelo aplicado na cidade e aprofundar os estudos técnicos que envolvem a implementação da isenção tarifária, incluindo a realização de um seminário com especialistas no tema.

Ainda ficou decidido que, dentro do possível, parlamentares e movimentos a favor do tema participem de mobilizações no Congresso, onde o assunto também está sendo tratado pela Frente Parlamentar da Tarifa Zero, que conta com a deputada federal por Mato Grosso do Sul, Camila Jara (PT), que também esteve presente no evento.

(Fonte: Ana Clara Santos / Assessoria de Imprensa – Foto: PMCG)

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