Rio Dourados: pesquisa detecta 32 agrotóxicos na água; níveis estão dentro do permitido pela lei
Pesquisa realizada pela Embrapa Agropecuária Oeste, de Dourados, mediu o nível de contaminação por agrotóxicos no Rio Dourados. O resultado apontou que, de 46 produtos químicos utilizados por agricultores da região e analisados no estudo, somente 32 foram detectados e em níveis de presença inferiores ao VMP (Valor Máximo Permitido) estabelecido na Resolução 357 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente).
Dos 46 compostos agrotóxicos monitorados pela pesquisa, 32 deles apresentaram incidência em ao menos uma das amostras coletadas e outros 14 não foram detectados. Entre os produtos encontrados, 15 são herbicidas, 8 são inseticidas, 3 são fungicidas e 6 são produtos de degradação.
A Atrazina, 3º agrotóxico mais vendido no Mato Grosso do Sul, foi o principal composto encontrado durante o monitoramento, em concentrações que variaram de 0,002 microgramas por litro a 0,13 microgramas por litro. De acordo com a Resolução 357 do Conama, o VMP (Valor Máximo Permitido) da atrazina é de 2 microgramas por litro.
Os resultados do “Monitoramento dos resíduos de agrotóxicos em águas superficiais de MS. Parte 1 Rio Dourados”, foram apresentados pelo pesquisador Rômulo Penna Scorza Júnior, da Embrapa Agropecuária Oeste, em reunião do CEA-MS (Conselho Estadual de Agrotóxicos de Mato Grosso do Sul), realizada na segunda-feira (12).
Pesquisa da Embrapa começou em 2017
De acordo com o pesquisador Rômulo Penna, os estudos foram iniciados pela Embrapa Agropecuária Oeste no ano de 2017 por meio de acordo de cooperação MPF, MPT, MP-MS e Prefeitura de Dourados. Após a definição e validação do método e dos compostos a serem monitorados, foram escolhidos três pontos no Rio Dourados para a retirada periódica de três amostras em cada um dos locais. A coleta ocorreu no período 10 de dezembro de 2019 a 11 de dezembro de 2020. Veja aqui os resultados da pesquisa, na íntegra.
O monitoramento no Rio Dourados continua em 2021. Com o apoio da Semagro, do Imasul e da Iagro, ele deverá ser ampliado para outros rios sul-mato-grossenses em regiões de predominância da agricultura como atividade econômica.
(Com informações do Portal do MS/Marcelo Armôa – Foto: ricardo-beccari-agencia-senado.jpg)
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